Conservador expulso da UnB desafia esquerda
Mas longe de recuar, ele anunciou na última terça-feira (30) que vai concluir sua graduação em História na Universidade Estadual de Goiás
O youtuber conservador Wilker Leão, conhecido por desafiar o pensamento dominante nas universidades brasileiras, foi expulso da Universidade de Brasília (UnB) após gravar professores e alunos sem autorização e ironizar suas falas. Mas longe de recuar, ele anunciou na última terça-feira (30) que vai concluir sua graduação em História na Universidade Estadual de Goiás (UEG).
Em vídeo publicado nas redes sociais, Leão foi direto:
“Vou mostrar o que acontece dentro da sala de aula. Se há doutrinação ou não, se o ensino é técnico, a gente vai mostrar simplesmente a realidade como sempre. Mostrando aqui o meu rosto e ninguém mais, porque o que a gente quer expor é o que acontece com nosso dinheiro gasto nessas instituições públicas”, declarou.
A expulsão ocorreu há cerca de um mês, após um processo disciplinar que analisou sua conduta. No entanto, o próprio Wilker explicou em postagem que escolheu cursar História justamente por ser “um dos cursos que a esquerda mais dominou com suas narrativas ideológicas e doutrinárias”. Segundo ele, “combater isso é o meu principal objetivo dentro da universidade federal”.
Agora, ele seguirá seus estudos no campus de Formosa da UEG, a apenas alguns quilômetros do Distrito Federal. Ao ser questionado sobre a escolha, respondeu: “Porque dá pra ir pra Formosa morando em Brasília. Qualquer outra eu teria que me mudar daqui”.
Entre os comentários em suas redes sociais, um admirador destacou: “o problema pra eles é que o Wilker é muito inteligente e passa em qualquer provinha de vestibular… eles terão que fazer prova de esquerdismo pro Wilker reprovar… (não que o vestibular seja muito diferente disso)!”. Já um crítico debochou: “Bora fazer um bolão de quantos dias pra expulsão do Wilker?”.
O Passado do Confronto
Não é a primeira vez que Wilker entra em choque com o ambiente universitário. Em dezembro de 2023, a UnB o suspendeu por 60 dias de duas disciplinas – História da África e História do Brasil – sob a alegação de que ele “atrapalhava as aulas” ao filmar e expor o conteúdo na internet. Em agosto do mesmo ano, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal também o condenou por difamação contra um professor de História da África, após divulgar gravações com críticas duras que chamavam o conteúdo de “doutrinação comunista”.
Esse embate revela algo maior: a guerra cultural que marca o cenário brasileiro. Enquanto muitos alunos se calam diante da pressão ideológica dentro das universidades, Wilker decidiu enfrentar. A situação lembra episódios da Guerra Fria, quando a disputa entre capitalismo e comunismo se estendia também para o campo da educação e da cultura. Assim como naquela época, a batalha de ideias continua viva – e agora, um jovem youtuber brasileiro é um dos protagonistas.
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