‘Se preparem para lutar porque vamos derrotar vocês outra vez’: Lula usa discurso populista e repete promessa de “melhor governo do país”

O petista ainda afirmou que trabalha para entregar “o melhor governo que o país já teve”.

Durante visita ao Pará nesta quinta-feira (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adotou um tom claramente eleitoral. Em meio a inaugurações, Lula declarou que seus adversários devem se preparar para o pleito do próximo ano, pois, segundo ele, sua gestão voltará a derrotá-los. O petista ainda afirmou que trabalha para entregar “o melhor governo que o país já teve”.

“Eu estou me preparando para entregar, outra vez, o melhor governo que esse país já teve. Estou preparando todos os meus adversários para dizer, o pessoal da raiva, o pessoal do ódio, o pessoal das fake news, o pessoal que deixou mais de 400 mil pessoas morrerem por covid pela irresponsabilidade, eu quero dizer o seguinte: se preparem para lutar porque nós vamos derrotar vocês outra vez”, disse Lula, em discurso inflamado.

A fala foi feita em Breves (PA), onde o presidente inaugurou uma creche que, segundo a Secretaria de Comunicação Social (Secom), estava com as obras paralisadas desde 2011. Lula também participou de entregas relacionadas ao Ministério da Educação na Ilha do Marajó, região marcada por graves problemas sociais e uma das mais pobres do Brasil.

Vale destacar que discursos como esse sempre levantam polêmicas. O tom de palanque, em meio a uma agenda oficial, reforça a estratégia do PT de antecipar a narrativa eleitoral. Curiosamente, enquanto Lula insiste em se autoproclamar responsável pelo “melhor governo da história”, o Brasil segue enfrentando desafios sérios: inflação que corrói o bolso do trabalhador, aumento da violência e dificuldades econômicas que atingem diretamente as famílias.

Esse tipo de discurso populista não é novidade. Na história política mundial, líderes com forte viés ideológico, como Juan Domingo Perón na Argentina, também recorreram a essa retórica para mobilizar apoiadores e tentar consolidar poder. O problema é que muitas vezes as promessas não se cumprem — e quem paga a conta é sempre o povo.