Justiça manda leiloar mansão, lancha e carros de Romário após dívida bilionária

O leilão está marcado para o dia 23 de outubro e deve começar com o montante de aproximadamente R$ 10,8 milhões.

A Justiça do Rio de Janeiro determinou que bens do senador Romário (PL-RJ) sejam levados a leilão para quitar uma dívida que se arrasta há mais de duas décadas. A decisão atinge uma mansão luxuosa na Barra da Tijuca, uma lancha e três automóveis de alto valor. O leilão está marcado para o dia 23 de outubro e deve começar com o montante de aproximadamente R$ 10,8 milhões.

O processo teve início em 2001, quando Romário ainda brilhava nos gramados. Na época, o ex-jogador havia encerrado as atividades da boate Café do Gol, localizada na Barra, e uma empresa prestadora de serviços entrou na Justiça alegando quebra de contrato. A cobrança, atualizada pelos credores, já alcança R$ 24,3 milhões.

O bem mais valioso é uma casa em condomínio fechado na Barra da Tijuca, avaliada em R$ 9 milhões. A residência tem 896 metros quadrados de área construída em um terreno de 1,5 mil metros quadrados, equipada com piscina e campo de futebol, além de vista privilegiada para a Lagoa da Tijuca — uma das áreas mais disputadas e valorizadas do Rio.

Também irá a leilão a lancha All Mare, de 15,5 metros, fabricada em 2010 e avaliada em R$ 1,1 milhão. Atualmente, a embarcação está ancorada na Marina da Glória, ponto turístico que já foi usado inclusive em competições dos Jogos Olímpicos de 2016. Entre os carros leiloados estão um Porsche Macan Turbo (R$ 267,8 mil), um Audi RS6 (R$ 391,5 mil) e um Peugeot 2008 (R$ 53 mil).

Para tentar barrar a decisão, os advogados do senador recorreram. Em nota, afirmaram:

– “Cabe destacar que o processo em questão foi iniciado há mais de 20 anos, marcado por cobranças absolutamente desproporcionais e exorbitantes. A defesa seguirá atuando para que prevaleçam a razoabilidade e a justiça”.

Vale lembrar que Romário foi um dos maiores atacantes da história do futebol brasileiro e eleito o melhor do mundo pela FIFA em 1994. Hoje, porém, enfrenta a dura realidade da Justiça, que não costuma aliviar nem mesmo para grandes ídolos nacionais.