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Trump dá ultimato ao Hamas e promete “inferno” ao grupo

Na última segunda-feira (29), o presidente apresentou um plano de 20 pontos que já recebeu o apoio imediato do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Entre as medidas estão: o fim imediato da guerra, a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas e a criação de um governo de transição em Gaza, supervisionado por Trump e pelo ex-premiê britânico Tony Blair.

Trump dá ultimato ao Hamas e promete “inferno” ao grupo
Trump dá ultimato ao Hamas e promete “inferno” ao grupo (Foto: Reprodução)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um anúncio histórico nesta sexta-feira (3): o Hamas tem até o próximo domingo (5), às 18h no horário de Washington (19h em Brasília), para aceitar o plano de paz proposto pelo republicano para a Faixa de Gaza. Caso contrário, advertiu Trump, “o inferno vai explodir como nunca antes” contra o grupo terrorista palestino.


Na última segunda-feira (29), o presidente apresentou um plano de 20 pontos que já recebeu o apoio imediato do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Entre as medidas estão: o fim imediato da guerra, a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas e a criação de um governo de transição em Gaza, supervisionado por Trump e pelo ex-premiê britânico Tony Blair.

“Um acordo com o Hamas deve ser alcançado até as 18h. Todos os países assinaram o acordo! Se esse acordo de última chance não for alcançado, o inferno vai se soltar, como ninguém jamais viu antes, contra o Hamas”, escreveu Trump em sua rede Truth Social.

Segundo o republicano, a maior parte dos combatentes do Hamas “está cercada e militarmente encurralada”, aguardando apenas a ordem final. Ele pediu que os civis das áreas onde esses terroristas se escondem “abandonem imediatamente essa zona de morte em potencial e sigam para locais mais seguros em Gaza”. Apesar da firmeza, Trump frisou que o Hamas tem ainda “uma última chance” de aceitar o plano apoiado pelas “grandes, poderosas e ricas nações do Oriente Médio”.

O acordo promete algo sem precedentes: abrir caminho para a paz em uma região marcada por mais de 3 mil anos de conflitos. Trump destacou que os combatentes do Hamas terão suas vidas poupadas se aceitarem a proposta e se todos os reféns forem libertados.


O Hamas, entretanto, mantém silêncio estratégico. Mohammed Nazzal, integrante do gabinete político do grupo, afirmou à emissora Al Jazeera que a resposta virá “em breve”. Já na terça-feira (30), Trump havia dado um ultimato: “o grupo tem três ou quatro dias” para se posicionar. O plano também prevê a desmilitarização completa de Gaza e, futuramente, a negociação de um Estado palestino – uma ideia debatida há décadas, desde a partilha da Palestina em 1947 pela ONU.

A história mostra que raramente o mundo árabe e Israel chegaram tão próximos de um acordo sob a supervisão direta de um presidente americano. Resta saber se o Hamas aceitará essa “última chance” ou se mergulhará seu povo em um destino ainda mais sombrio.

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