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Sobe para três o número de pessoas com suspeita de contaminação por metanol em Goiás

Além de uma jovem de 25 anos, moradora de Itapaci, confirmada mais cedo nesta sexta-feira (2), a Secretaria de Estado da Saúde informou que há outro paciente de 20 anos em Formosa e mais um, de 47 anos, em Padre Bernardo.

Sobe para três o número de pessoas com suspeita de contaminação por metanol em Goiás
Sobe para três o número de pessoas com suspeita de contaminação por metanol em Goiás (Foto: Reprodução)

O número de casos suspeitos de intoxicação por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol subiu para três em Goiás. Além da jovem de 25 anos, moradora de Itapaci, confirmada mais cedo nesta sexta-feira (2), a Secretaria de Estado da Saúde informou que há outro paciente de 20 anos em Formosa e mais um, de 47 anos, em Padre Bernardo.

O rapaz de Formosa deu entrada na noite de ontem no Hospital Estadual da cidade apresentando visão turva, náuseas e vômitos após beber vodka. Segundo o hospital, ele está consciente e orientado, passou por exames e segue em observação no pronto-socorro. A Polícia Civil foi acionada para investigar a origem da bebida.

Já o caso mais grave envolve o paciente de Padre Bernardo, internado no Hospital Santa Maria, no Distrito Federal. Ele chegou em estado crítico, com insuficiência respiratória aguda, pneumonia broncoaspirativa e rebaixamento do nível de consciência, precisando ser intubado. O homem, obeso e hipertenso, não conseguiu informar quais bebidas consumiu, mas no carro dele foram encontradas cerveja, vodka, destilados e energético, todos comprados em uma região conhecida como Vendinha, próxima a Padre Bernardo. O Ciatox-DF recomendou tratamento imediato para conter a acidose metabólica e outros desequilíbrios graves.

Diante da gravidade, o secretário estadual de Saúde, Rasível dos Reis, fez um alerta à população:

“Estamos também comunicando a toda sociedade para que tome esse cuidado, de não consumir bebida alcoólica principalmente destilados, já que existe esse nível de suspeição com esse tipo de bebida”, disse.

Ele reforçou que outros estados já enfrentam a mesma situação: “A gente tem casos em São Paulo, Bahia e Pernambuco, e agora esse caso conosco. Então o melhor a fazer é evitar consumo de bebida alcoólica nesse momento”.


O secretário também destacou que o governo já emitiu nota técnica para orientar profissionais do SUS sobre como lidar com casos de intoxicação por metanol. “Estamos correndo atrás dos antídotos, para que além da fiscalização a gente capacite os profissionais para proteger a saúde dos goianos”, completou.

O antídoto, explicou Rasível, é a aplicação de etanol — que pode ser ministrado por ampolas ou por sonda — para atrasar os efeitos do metanol no organismo.

 O que é o metanol?

O metanol é um produto químico usado em solventes, combustíveis e até em fluidos de fotocopiadora. Ele se parece com o álcool comum, mas é altamente tóxico e barato de produzir, motivo pelo qual criminosos o utilizam para adulterar bebidas.

O grande perigo é que seu gosto e cheiro lembram o do álcool tradicional, tornando quase impossível perceber a adulteração. Horas após o consumo, os efeitos aparecem: confusão, perda de coordenação, tontura, náusea e vômito. Em casos graves, pode causar cegueira, coma e até a morte.

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