Justiça analisa se Adélio Bispo ainda representa perigo à sociedade : laudo pode decidir seu futuro
Segundo a administração do presídio, dois psicólogos farão uma avaliação clínica detalhada para confirmar se persistem os transtornos mentais que justificam sua classificação como “de alta periculosidade”. O laudo servirá de base para decidir se a medida de segurança será prorrogada, revisada ou convertida em acompanhamento ambulatorial.
Adélio Bispo, o autor do atentado a faca contra Jair Bolsonaro em 2018, será submetido a uma nova avaliação psiquiátrica no Presídio Federal de Campo Grande (MS) nos próximos dias. A análise busca determinar se, após sete anos do crime, ele ainda representa ameaça à sociedade.
Segundo a administração do presídio, dois psicólogos farão uma avaliação clínica detalhada para confirmar se persistem os transtornos mentais que justificam sua classificação como “de alta periculosidade”. O laudo servirá de base para decidir se a medida de segurança será prorrogada, revisada ou convertida em acompanhamento ambulatorial.
Caso o parecer aponte que Adélio não oferece mais risco, ele poderá deixar o presídio, já que cumpre medida de segurança — e não uma pena criminal —, passando a receber acompanhamento médico fora da prisão, conforme determinação judicial. No entanto, fontes ouvidas pelo portal Metrópoles avaliam que a libertação é improvável, citando relatórios médicos que indicam piora no quadro psicológico durante o período de internação e a tendência da Justiça de priorizar a segurança pública.
Relatos apontam que o detento vive isolado, recusa o banho de sol e teria interrompido o uso de medicamentos para transtorno delirante persistente em julho. Seu prontuário médico segue sob sigilo.
Atualmente, há uma decisão judicial que mantém Adélio no sistema prisional federal até 2038, quando completará 60 anos, salvo nova determinação. Considerado inimputável, ele não responde criminalmente pelo atentado. O agressor vive em uma cela de cerca de 6 m², sem visitas familiares há mais de um ano, e não participa de nenhuma atividade, leitura ou conversa com outros presos da penitenciária de segurança máxima.
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