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Juri do homem que matou o ex-sogro em uma farmácia de Goiânia é remarcado

Essa será a segunda tentativa de levar o criminoso à condenação. O primeiro julgamento, ocorrido em 15 de outubro de 2025, foi interrompido após uma jurada passar mal e ser levada ao hospital.

Juri do homem que matou o ex-sogro em uma farmácia de Goiânia é remarcado
Juri do homem que matou o ex-sogro em uma farmácia de Goiânia é remarcado (Foto: Reprodução)

O juiz Antônio Fernandes de Oliveira definiu a nova data do julgamento de Felipe Gabriel Jardim, acusado de assassinar o ex-sogro, João do Rosário Leão, a tiros dentro de uma farmácia no Setor Bueno, em Goiânia, no ano de 2022. O novo júri está marcado para 19 de janeiro de 2026.

Essa será a segunda tentativa de levar o criminoso à condenação. O primeiro julgamento, ocorrido em 15 de outubro de 2025, foi interrompido após uma jurada passar mal e ser levada ao hospital.

O advogado Emanuel Rodrigues, que representa a família da vítima, afirmou:

“A família já está sabendo da remarcação do júri e recebeu a notícia com alegria. Além disso, eles esperam que as tentativas da defesa do réu de constranger Kennia Yanka, filha da vítima, como aconteceu no dia 15, sejam firmemente e peremptoriamente coibidas pelo magistrado condutor dos trabalhos. Que essa tática espúria não seja permitida no dia do julgamento e que o único responsável pela morte de João Leão seja julgado no dia 19 de janeiro.”

Durante o julgamento anterior, a defesa de Felipe foi duramente criticada por tentar humilhar e constranger Kennia Yanka, filha de João e ex-namorada do acusado. Entre as perguntas feitas pelos advogados estavam absurdos como se ela “sabia quais bens herdaria com a morte do pai”, se “usava drogas” e até se “havia conhecido Felipe em um motel”.

“Se não fosse a forma como os trabalhos foram conduzidos, o júri jamais teria tido o fim que teve no dia 15 de outubro, com uma jurada passando mal. O que a família do João quer não é favorecimento por parte de ninguém, é isenção na condução dos trabalhos”, reforçou o advogado Emanuel.


Agora, a Justiça irá realizar um novo sorteio para definir o corpo de jurados que analisará o caso em janeiro.

A filha da vítima, Kennia Yanka, disse ao portal Mais Goiás:

“Eu me sinto aliviada por já ter uma data, porque achei que a gente ia ficar angustiada esperando que ele marcasse uma data por um tempo, e depois ainda esperar para que a data chegasse. Mas acabou sendo rápido e agora é aguardar esses três meses para que chegue o dia.”

Três Anos de Espera e uma Defesa Polêmica

O processo que vai do encerramento do inquérito até a primeira tentativa de julgamento demorou mais de três anos — boa parte desse tempo foi consumida pela defesa tentando alegar problemas mentais do réu.


Um laudo médico concluiu que Felipe tem “sintomas sugestivos de transtorno hipercinético possivelmente associado a transtorno mental devido à disfunção cerebral”, mas um parecer complementar foi claro ao afirmar:

“Felipe Gabriel Jardim Gonçalves é portador de perturbação de saúde mental. Porém, quanto ao crime de que é acusado, a sua capacidade de entendimento era plena, assim como sua capacidade de determinar-se segundo o seu entendimento. Não há nexo de causalidade do tal ato criminoso e de sua condição mental à época do crime em tela.”

Ou seja, Felipe sabia exatamente o que estava fazendo quando tirou a vida de João Leão dentro da farmácia.

Agora, com o novo júri marcado, a família da vítima espera que a Justiça finalmente prevaleça e que não haja espaço para manobras ou constrangimentos indevidos — algo que a sociedade brasileira também exige cada vez mais dos tribunais.

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