Caiado afirma que Lula não tem chances de ser reeleito

Pré-candidato ao Palácio do Planalto, Caiado afirmou que a direita está se fortalecendo, e que a presença de vários nomes no campo conservador — como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Junior (PSD-PR) — é um sinal de maturidade política, e não de divisão.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), deixou claro nesta sexta-feira (17) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tem qualquer chance de reeleição em 2026 se a disputa for para o segundo turno. Pré-candidato ao Palácio do Planalto, Caiado afirmou que a direita está se fortalecendo, e que a presença de vários nomes no campo conservador — como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Junior (PSD-PR) — é um sinal de maturidade política, e não de divisão.

“Qual é a única chance de o Lula ganhar a eleição, segundo as pesquisas? É a oposição ter um candidato só no primeiro turno. A quase 12 meses da votação, você vai lançar um candidato único? Nenhum de nós tem nome nacional. E se tivermos um candidato único, ele vai ser submetido à máquina do governo de perseguir, de retaliar”, afirmou Caiado, em tom de crítica à estrutura petista.

Para o governador, o fato de a direita ter múltiplos pré-candidatos é, na verdade, uma vantagem estratégica. “Há, hoje, uma pulverização na direita que querem colocar como sinal de fragilidade, mas com quatro, cinco pré-candidatos compondo a nossa área, dá segundo turno em todas as simulações de pesquisas. E o Lula não ganha uma eleição no segundo turno”, destacou.

Apesar do otimismo, uma pesquisa Genial/Quaest divulgada em 9 de outubro mostrou o petista à frente em todos os cenários de primeiro e segundo turno, inclusive contra Caiado e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Mesmo assim, o governador não poupou críticas ao presidente do Progressistas (PP), deputado Ciro Nogueira (PI), acusando-o de tentar manipular a formação da federação entre PP e União Brasil.

“Ciro tenta a todo momento ignorar a nossa pré-candidatura. Eu disse a ele que nunca vi um presidente de partido, como Gilberto Kassab [PSD] ou Marcos Pereira [Republicanos], falar mal de seus pré-candidatos”, disparou. Caiado ironizou ainda a postura do deputado: “É uma posição de final de carreira, de querer achar uma garupa para continuar na vida política.”

Ele também ressaltou que a federação entre União Brasil e PP ainda não foi aprovada pelo TSE e garantiu que o partido não se submeterá a imposições. “Nós, no União, não recebemos e não receberemos ordens do Ciro Nogueira. Nosso presidente é o Antônio Rueda. Não tem por que se entregar para ser comandado pelo Ciro, que não tem expressão política”, declarou.

Caiado reafirmou que continua firme em sua pré-candidatura à Presidência da República e adiantou que mantém diálogo com outras siglas, como Solidariedade e Podemos. “Conversar com partidos é algo que você precisa fazer em qualquer eleição majoritária”, concluiu.