Ex-chefe da inteligência da Venezuela denuncia que Lula recebeu dinheiro de Maduro
Extraditado para os EUA em 2023, El Pollo coopera com as autoridades norte-americanas em busca de redução de pena. Ele é acusado de narcotráfico e narcoterrorismo e, em 25 de junho, admitiu sua culpa por crimes ligados ao Cartel dos Sóis durante audiência em um tribunal de Nova Iorque.
O ex-chefe da inteligência venezuelana, Hugo “El Pollo” Carvajal, fez revelações explosivas à Justiça dos Estados Unidos: segundo ele, o regime ditatorial de Nicolás Maduro desviou recursos públicos da Venezuela para financiar ilegalmente partidos e líderes de esquerda em diversos países ao longo de 15 anos. Entre os beneficiados, de acordo com Carvajal, estaria o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Extraditado para os EUA em 2023, El Pollo coopera com as autoridades norte-americanas em busca de redução de pena. Ele é acusado de narcotráfico e narcoterrorismo e, em 25 de junho, admitiu sua culpa por crimes ligados ao Cartel dos Sóis durante audiência em um tribunal de Nova Iorque.
De acordo com documentos sigilosos obtidos pelo portal The Objective, Carvajal declarou ao Departamento de Justiça dos EUA:
“O governo venezuelano financia ilegalmente movimentos políticos de esquerda em todo o mundo há pelo menos 15 anos. Enquanto fui diretor de Inteligência e Contrainteligência Militar da Venezuela, recebi uma grande quantidade de relatórios sinalizando que este financiamento internacional estava ocorrendo.”
El Pollo afirmou ainda que Maduro utilizou recursos da petroleira estatal PDVSA para bancar campanhas e governos de líderes esquerdistas na América Latina, incluindo Lula (Brasil), Néstor Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia), Fernando Lugo (Paraguai), Ollanta Humala (Peru) e Manuel Zelaya (Honduras). O atual presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também teria recebido parte desses valores.
“Todos eles receberam dinheiro enviado pelo governo venezuelano”, declarou o ex-general.
A denúncia não para por aí. Segundo Carvajal, o esquema de financiamento se estendia à Europa: partidos como o Podemos, na Espanha, e o Movimento 5 Estrelas, na Itália, também foram beneficiados. Apenas o Movimento 5 Estrelas teria recebido 3,5 milhões de euros em espécie (cerca de R$ 22 milhões) — valor que, segundo ele, foi autorizado diretamente por Nicolás Maduro, quando este ainda ocupava o cargo de chanceler.
Os relatos indicam que a estratégia de apoio financeiro internacional a grupos de esquerda continuou mesmo após Maduro assumir a presidência.
Nos Estados Unidos, sob a liderança firme do presidente Donald Trump, investigações como essa ganham força, reforçando o combate às redes de corrupção e narcoterrorismo ligadas a regimes autoritários latino-americanos. 
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