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Carlos Viana enfrenta petista após acusação de falsidade em assinatura

O embate começou após o parlamentar governista insinuar que Viana — eleito com apoio da base bolsonarista — não teria assinado o requerimento de criação da CPMI, acusação prontamente rebatida pelo senador mineiro.

Carlos Viana enfrenta petista após acusação de falsidade em assinatura
Carlos Viana enfrenta petista após acusação de falsidade em assinatura (Foto: Reprodução)

O clima esquentou na CPMI do INSS nesta quinta-feira (16), quando o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), protagonizou um bate-boca com o deputado petista Alencar Santana (PT-SP). O embate começou após o parlamentar governista insinuar que Viana — eleito com apoio da base bolsonarista — não teria assinado o requerimento de criação da CPMI, acusação prontamente rebatida pelo senador mineiro.

Tudo começou quando Alencar Santana, pressionado pela oposição por não ter apoiado a criação da comissão, tentou se justificar alegando que tinha “direito de participar da investigação”. No meio do discurso, o petista decidiu atacar Carlos Viana, afirmando que o presidente da CPMI também não havia assinado o requerimento.

“O senhor não assinou. Não está no requerimento”, disparou Alencar.

Viana, surpreso com a acusação, rebateu imediatamente: “Assinei, sim!”. O embate gerou vaia da oposição e risadas irônicas durante a fala do petista. Irritado com o tom provocativo, o senador cortou a palavra de Alencar, alegando que ele estava “atrasando os trabalhos da comissão”.


O deputado então retrucou em tom de crítica: “O senhor não vai repor meu tempo, tudo bem, vou fazer a minha questão de ordem. A censura prevalece em alguns momentos”.


Apesar da troca de farpas, documentos oficiais mostravam, até aquele momento, que o nome de Carlos Viana não constava na lista do requerimento lido em 17 de junho pelo presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). O documento contava com 223 assinaturas de deputados e 36 de senadores.

No entanto, Viana divulgou uma nota oficial explicando o ocorrido. Segundo ele, sua assinatura foi registrada no sistema da Câmara, mas uma falha técnica impediu que o nome aparecesse no documento encaminhado ao Senado. O senador afirmou ainda que o mesmo problema ocorreu com o petista Paulo Paim (PT-RS).

Em seu comunicado, Viana esclareceu:

“Foi verificado que a lista de assinaturas está correta no portal da Câmara, mas, por uma falha de sistema, alguns nomes não apareceram na lista constante do requerimento que chegou ao sistema do Senado. (...) Portanto, reitero: assinei o requerimento de constituição desta Comissão. Isso, aliás, se reflete em todos os meus atos como presidente, que buscam contemplar o maior número de requerimentos aprovados e depoimentos realizados por esta Comissão”.

A nota também informa que o Prodasen confirmou a presença da assinatura de Viana nos registros digitais do Senado, reforçando a legitimidade da sua participação desde o início dos trabalhos.

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