Aliados de Maduro: MST prepara brigadas para atuar contra os EUA
O MST já mantém militantes na Venezuela sob o pretexto de apoiar projetos de “produção agroecológica”, mas agora o movimento demonstra um alinhamento ainda mais direto ao regime chavista.
O líder nacional do MST, João Pedro Stédile, admitiu que militantes ligados ao movimento em diversos países da América Latina estão se preparando para viajar à Venezuela, com o objetivo de apoiar o regime de Nicolás Maduro em meio à crescente tensão com os Estados Unidos, liderados pelo presidente Donald Trump.
As declarações foram dadas em entrevista à Rádio Brasil de Fato na última quinta-feira (16). Durante a conversa, Stédile afirmou que as chamadas “brigadas” do MST não têm treinamento militar, mas podem “contribuir de outras formas”.
– “Fazer mil e uma coisas, desde plantar feijão e fazer comida para os soldados a estar ao lado do povo se houver uma invasão militar dos Estados Unidos” – declarou.
Segundo Stédile, o movimento está articulando reuniões e consultas para, “no menor prazo possível, organizar brigadas internacionalistas de militantes de cada um dos nossos países para ir à Venezuela e nos colocarmos à disposição do governo e do povo venezuelano”.
A mobilização teria surgido de deliberações feitas durante o Congresso Mundial em Defesa da Mãe Terra, realizado entre os dias 8 e 10 de outubro em Caracas, que reuniu delegações de 65 países.
O MST já mantém militantes na Venezuela sob o pretexto de apoiar projetos de “produção agroecológica”, mas agora o movimento demonstra um alinhamento ainda mais direto ao regime chavista.
A tensão entre EUA e Venezuela vem crescendo após a inédita mobilização militar americana no mar do Caribe. Tropas e embarcações dos Estados Unidos destruíram navios ligados ao narcotráfico, segundo a Casa Branca.
O presidente Donald Trump autorizou a CIA a conduzir operações dentro da Venezuela e estuda ações mais duras contra o narcotráfico em solo venezuelano. Reportagem do The New York Times revelou que o republicano deu sinal verde para que a agência atue para “derrubar a ditadura de Maduro”.
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