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Irmão de Lula começa a processar quem o associa à fraude do INSS

No comunicado, Frei Chico alega ser vítima de “acusações falsas e ofensivas” e aproveitou para atacar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que investiga esquemas de descontos indevidos em aposentadorias.

Irmão de Lula começa a processar quem o associa à fraude do INSS
Irmão de Lula começa a processar quem o associa à fraude do INSS (Foto: Reprodução)

O irmão do presidente Lula (PT), José Ferreira da Silva — conhecido como Frei Chico — recorreu à Justiça de São Paulo para tentar barrar publicações nas redes sociais que o associam a supostas fraudes no INSS. A informação foi divulgada em nota oficial na última sexta-feira (17).

No comunicado, Frei Chico alega ser vítima de “acusações falsas e ofensivas” e aproveitou para atacar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que investiga esquemas de descontos indevidos em aposentadorias.

– “Não temo investigação, mas o que ocorre hoje é um julgamento antecipado, antes mesmo de os fatos serem apurados. É lamentável que parte da CPMI do INSS use esse processo como palco político, em vez de buscar a verdade” – declarou.

Aos 83 anos, o irmão de Lula disse confiar na Justiça e afirmou que o Brasil ainda “vive um Estado de Direito, onde a Presidência da República não interfere – e não deve interferir – nas investigações”.


Entretanto, o Sindnapi — sindicato do qual Frei Chico é vice-presidente — foi citado em relatórios como uma das entidades supostamente beneficiadas por descontos irregulares aplicados a aposentados e pensionistas. Apesar disso, parlamentares aliados do governo petista têm evitado convocá-lo para depor na CPMI.


A situação levanta questionamentos sobre a proteção política oferecida a pessoas próximas ao presidente Lula, em um momento em que o governo enfrenta críticas pela falta de transparência e pela tentativa de blindar seus aliados de investigações mais profundas — um contraste marcante com o discurso de integridade e justiça tão cobrado por líderes conservadores, inclusive pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em relação à necessidade de governos que respondam à população e não a esquemas de poder.

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