Trump anuncia sanções contra presidente da Colômbia
De acordo com o Departamento do Tesouro, Petro, sua esposa Verónica Alcocer, o filho Nicolás Petro e o ministro do Interior Armando Benedetti foram sancionados pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), com base na Ordem Executiva 14059, que atinge estrangeiros envolvidos no tráfico internacional de drogas.
O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (24) uma medida contundente contra o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, impondo sanções severas que bloqueiam os bens do líder esquerdista e de sua família. A decisão foi motivada por evidências de que Petro estaria facilitando o comércio internacional de cocaína e oferecendo suporte ao narcotráfico.
De acordo com o Departamento do Tesouro, Petro, sua esposa Verónica Alcocer, o filho Nicolás Petro e o ministro do Interior Armando Benedetti foram sancionados pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), com base na Ordem Executiva 14059, que atinge estrangeiros envolvidos no tráfico internacional de drogas.
“Desde que o presidente Gustavo Petro chegou ao poder, a produção de cocaína na Colômbia explodiu para o nível mais alto em décadas, inundando os Estados Unidos e envenenando os americanos. [O presidente Donald Trump está] tomando medidas fortes para proteger nossa nação e deixar claro que não toleraremos o tráfico de drogas em nosso país”, declarou o secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Em resposta, Petro publicou no X (antigo Twitter) uma mensagem em tom de vítima, dizendo combater o narcotráfico “há décadas”:
“De fato, a ameaça de Bernie Moreno foi cumprida; minha esposa, meus filhos e eu entramos na lista do OFAC. Meu advogado de defesa será Dany Kovalik, dos EUA. O combate efetivo ao narcotráfico há décadas me traz esta medida do governo da sociedade que tanto ajudamos a acabar com o uso de cocaína. Um grande paradoxo, mas nem um passo para trás e nunca de joelhos.”
A tentativa de defesa soou ainda mais contraditória diante das declarações recentes de Petro, que relativizou o tráfico de drogas ao afirmar que chamar narcotraficantes de “traficantes” seria “linguisticamente incorreto”:
“Na minha opinião, chamar esses barqueiros de ‘traficantes de drogas’ não é linguisticamente correto. Eles são ‘trabalhadores do tráfico de drogas’. Assim como há agricultores que acabam sendo abastecidos com insumos por meio de folhas de coca em troca de dinheiro e por causa da pobreza.”
Durante o pronunciamento, Petro também atacou a Guarda Costeira dos EUA, acusando-a de violar “resoluções da ONU” ao interceptar barcos ligados ao tráfico no Mar do Caribe. Segundo ele, um dos “barqueiros” seria apenas um pescador pobre de Santa Marta.
As declarações geraram revolta na Colômbia. A senadora María Fernanda Cabal afirmou que Petro “normaliza o crime organizado” e tenta “diluir a responsabilidade moral” dos que se aliam ao tráfico. Ela acrescentou que o presidente colombiano “não tem como se defender das acusações do presidente Trump”.
No último domingo (19), o presidente Donald Trump já havia anunciado o fim dos subsídios americanos à Colômbia, chamando Petro de “líder do tráfico de drogas” e criticando a corrupção de seu governo:
“O presidente colombiano Gustavo Petro é um líder do tráfico de drogas que incentiva fortemente a produção em massa de drogas, em campos grandes e pequenos, por toda a Colômbia. Tornou-se, de longe, o maior negócio da Colômbia, e Petro não faz nada para impedi-lo, apesar dos pagamentos e subsídios em larga escala dos EUA, que nada mais são do que um roubo a longo prazo da América.”
Com essa decisão, o governo Trump envia uma mensagem clara: os Estados Unidos não vão financiar regimes que protegem o crime organizado e ameaçam a segurança americana.
Comentários (0)