Em lágrimas, Toffoli exalta o STF e diz sentir “orgulho” de ser ministro da Corte

Durante o discurso, Toffoli não poupou elogios aos colegas da Corte, referindo-se a eles como “os maiores e melhores juristas e magistrados da nação brasileira”, e exaltou a presidência de Edson Fachin.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, protagonizou um momento de forte emoção durante a sessão desta quinta-feira (23), ao afirmar, com lágrimas nos olhos, ter “orgulho” de integrar o que chamou de “maior Poder Judiciário do mundo, a Corte Constitucional que mais julga”.

Durante o discurso, Toffoli não poupou elogios aos colegas da Corte, referindo-se a eles como “os maiores e melhores juristas e magistrados da nação brasileira”, e exaltou a presidência de Edson Fachin.

“Eu aprendi na vida que nós não podemos deixar a emoção envelhecer. Então, eu peço a palavra para, emocionado, dizer que eu me orgulho de ser juiz desta Corte constitucional (…) e de ter os colegas e a colega que nós temos. E nesse sentido, eu cumprimento a todos na pessoa da única mulher que compõe esse colegiado, a ministra Cármen Lúcia, que é minha amiga de longa data, assim como sou de todos”, declarou o ministro.

Em tom de reverência ao colega que hoje preside o STF, ele acrescentou:

“E dizer, senhor presidente, da honra que tenho de por ora ser presidido por vossa excelência. Um homem do interior como eu, um homem que laborou na vida pelo estudo e pelo trabalho. E que galgou estar nesta, que é a cadeira de presidente do maior Judiciário do mundo. A Corte constitucional que mais julga no mundo. O Judiciário mais produtivo de todo o mundo. Orgulho, senhor presidente, de estar ao lado de colegas que têm a estatura de serem os maiores e os melhores juristas e magistrados da nação brasileira.”

Encerrando o discurso, Toffoli fez questão de destacar o simbolismo de ocupar uma cadeira no Supremo, citando seu antecessor e reforçando o sentimento de patriotismo:

“Só nós, que sentamos nas nossas cadeiras, temos a dimensão dela. E é com muito orgulho que agora me emociono lembrando do meu predecessor, o ministro Sepúlveda Pertence. Espero que tenha honrado e quero continuar honrando a justiça, a magistratura e a nação brasileira. Tenho muito orgulho de ser um brasileiro. A nação mais abençoada do mundo.”

O tom emocionado de Toffoli contrasta com o momento de forte desconfiança popular em relação ao STF, instituição que vem sendo duramente criticada por grande parte da sociedade e por lideranças conservadoras — especialmente após decisões polêmicas envolvendo temas de liberdade de expressão e interferência política.