PT aciona STF contra Flávio por elogiar ação militar dos EUA
Lindbergh Farias apresentou uma representação criminal nesta sexta-feira (24), alegando que o parlamentar teria ofendido a “soberania nacional” ao fazer uma sugestão irônica sobre o combate ao tráfico de drogas no Brasil.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), decidiu acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), após publicações feitas por ele nas redes sociais. O petista apresentou uma representação criminal nesta sexta-feira (24), alegando que o parlamentar teria ofendido a “soberania nacional” ao fazer uma sugestão irônica sobre o combate ao tráfico de drogas no Brasil.
Tudo começou quando Flávio Bolsonaro compartilhou uma postagem do secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, que relatava uma ação militar americana sob o comando do presidente Donald Trump, envolvendo a destruição de uma embarcação de uma organização terrorista no Pacífico Leste.
Na publicação original, Hegseth afirmou:
“Hoje, sob a direção do presidente Trump, o Departamento de Guerra realizou mais um ataque cinético letal contra uma embarcação operada por uma Organização Terrorista Designada (DTO). Mais uma vez, os terroristas, agora falecidos, estavam envolvidos no narcotráfico no Pacífico Leste.”
Ao replicar o conteúdo, Flávio Bolsonaro ironizou a ineficiência das autoridades brasileiras no combate ao tráfico e escreveu:
“Que inveja! Ouvi dizer que há barcos como este aqui no Rio de Janeiro, na Baía de Guanabara, inundando o Brasil com drogas. Você não gostaria de passar alguns meses aqui nos ajudando a combater essas organizações terroristas?”
A fala, claramente em tom crítico e sarcástico, foi tratada por Lindbergh como uma “afronta direta à soberania e à integridade territorial do Brasil”.
Na representação protocolada no STF, o deputado do PT acusou Flávio de ultrapassar os limites da liberdade de expressão:
“É inadmissível que um senador da República, cujo mandato tem como essência a defesa dos interesses permanentes do Estado brasileiro, advogue publicamente em favor da submissão da soberania nacional ao poder bélico de outro país.”
A atitude de Lindbergh é vista por muitos como mais uma tentativa da esquerda de calar vozes conservadoras e criminalizar críticas legítimas feitas a um sistema ineficiente e conivente com o avanço do tráfico e da criminalidade.
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