Lula tenta minimizar caso Bolsonaro em reunião com Donald Trump: “não há perseguição”
Antes do encontro, Donald Trump foi questionado se o nome de Jair Bolsonaro seria tratado na conversa, já que uma suposta “caça às bruxas” no Brasil havia sido mencionada como um dos motivos para as tarifas de 50% impostas aos produtos brasileiros, em vigor desde agosto. O presidente americano respondeu demonstrando solidariedade ao ex-chefe do Executivo brasileiro.
Durante o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro — atualmente em prisão domiciliar em Brasília — foi mencionado “muito lateralmente”, segundo afirmou o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Rosa.
A reunião, realizada neste domingo (26) na Malásia, contou com a presença de integrantes da comitiva brasileira. De acordo com eles, Lula disse que o julgamento de Bolsonaro “respeitou o processo legal” e que “não há nenhuma perseguição”.
— O presidente Lula utilizou como exemplo a injustiça da aplicação da Lei Magnitsky em relação a algumas autoridades, como as do Supremo Tribunal Federal, o quão injusta é essa medida em relação a esses ministros porque respeitou-se o processo legal e não há nenhuma perseguição — declarou Rosa.
Antes do encontro, Donald Trump foi questionado se o nome de Jair Bolsonaro seria tratado na conversa, já que uma suposta “caça às bruxas” no Brasil havia sido mencionada como um dos motivos para as tarifas de 50% impostas aos produtos brasileiros, em vigor desde agosto. O presidente americano respondeu demonstrando solidariedade ao ex-chefe do Executivo brasileiro.
— Sempre gostei dele. Me sinto muito mal pelo que aconteceu com ele. Sempre achei que ele era um cara honesto, mas ele já passou por muita coisa, já passou por muita coisa — disse Trump.
Na época da imposição das tarifas, Trump enviou uma carta a Lula mencionando não só preocupações comerciais, mas também críticas à atuação das big techs e à falta de reciprocidade do governo brasileiro em negociações internacionais. O presidente americano também determinou uma investigação sobre supostas práticas desleais de comércio por parte do Brasil.
O encontro entre Lula e Trump começou às 4h40 da manhã (horário local) e durou cerca de 50 minutos. Após a reunião, o chanceler Mauro Vieira afirmou em coletiva que o diálogo foi “positivo” e que há expectativa de um acordo nas próximas semanas.
— Esperamos em pouco tempo agora, em algumas semanas, concluir uma negociação bilateral que trate de cada um dos setores de atual tributação americana ao Brasil — declarou o ministro.
Comentários (0)