Maduro foge da imprensa: ditador cancela entrevista com a CBS minutos antes de começar

O episódio ocorre em meio ao clima de tensão entre Venezuela e Estados Unidos, após os ataques ordenados pelo presidente americano Donald Trump contra embarcações ligadas ao narcotráfico no Caribe. A Casa Branca reafirmou que as ações visam proteger os Estados Unidos da entrada de drogas vindas da região.

O ditador socialista Nicolás Maduro voltou a fugir da verdade. O regime chavista cancelou de última hora uma entrevista exclusiva com o programa “60 Minutes”, da emissora americana CBS, apenas minutos antes de começar — segundo informou a própria rede em publicação na plataforma X (antigo Twitter).

Em um vídeo divulgado pela emissora, uma representante do programa relatou que, após meses de negociações, Maduro havia aceitado o convite para falar à CBS, algo que, segundo ela, “surpreendeu” a equipe.

– “A equipe de Maduro escolheu a hora e o local, o salão de festas de um movimentado hotel de Caracas, mas minutos antes de começar, foi cancelada” – disse a voz da interlocutora no vídeo.

O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, alegou que “já não era seguro” realizar a entrevista. No entanto, dois dias depois do cancelamento, uma jornalista da CBS foi até o centro de Caracas, onde Maduro discursava tranquilamente em um comício pelo “dia dos povos indígenas” — o que lança dúvidas sobre a real justificativa do regime para a desistência.

O episódio ocorre em meio ao clima de tensão entre Venezuela e Estados Unidos, após os ataques ordenados pelo presidente americano Donald Trump contra embarcações ligadas ao narcotráfico no Caribe. A Casa Branca reafirmou que as ações visam proteger os Estados Unidos da entrada de drogas vindas da região.

Segundo o Exército americano, já foram afundadas ao menos dez embarcações, com cerca de 43 pessoas a bordo, desde o início das operações no começo de setembro.

O senador Lindsey Graham adiantou neste domingo (26) que Donald Trump pretende notificar o Congresso nos próximos dias sobre possíveis operações terrestres contra o narcotráfico na Venezuela e na Colômbia, ampliando a ofensiva que já ocorre por mar no Caribe e no Pacífico.