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Tarcísio lidera frente de governadores contra o avanço do crime no Rio

A mobilização dos governadores ocorre em meio à tensão entre o governo do Rio e o governo federal, após Castro acusar a gestão Lula de negar por três vezes o envio de blindados para reforçar as operações de segurança no estado.

Tarcísio lidera frente de governadores contra o avanço do crime no Rio
Tarcísio lidera frente de governadores contra o avanço do crime no Rio (Foto: Reprodução)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), articulou nesta quarta-feira (29) com outros governadores de oposição uma ação conjunta de apoio ao Rio de Janeiro, após a megaoperação policial ocorrida na terça-feira (28) contra o narcotráfico — uma das mais letais da história do estado.

Segundo o portal Metrópoles, participaram da videoconferência os governadores Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Jorginho Mello (PL-SC) e Mauro Mendes (União Brasil-MT). O grupo planeja se reunir presencialmente no Rio nesta quinta-feira (30) para tratar de ações de cooperação e apoio à segurança pública fluminense.

Em entrevista coletiva, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), fez um apelo direto à união contra o crime organizado:

“Todo aquele que quiser vir para cá no intuito de somar, seja governador, seja ministro ou qualquer outra autoridade, é bem-vindo. Os outros que querem fazer confusão, que querem fazer politicagem, a nosso único recado é: suma. Ou soma ou suma.”

A mobilização dos governadores ocorre em meio à tensão entre o governo do Rio e o governo federal, após Castro acusar a gestão Lula de negar por três vezes o envio de blindados para reforçar as operações de segurança no estado.


“Já pedimos os blindados algumas vezes e todos foram negados. Falaram que tinha que ter GLO [Garantia da Lei e da Ordem], porque o servidor que opera o blindado é federal. E o presidente é contra a GLO. Cada dia nós temos uma razão de não emprestar e não colaborar. A gente entendeu que a realidade é essa”, afirmou o governador.

A resposta veio do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que tentou transferir a responsabilidade ao governador fluminense:

“Se ele sentir que não tem condições, ele tem que jogar a toalha e pedir GLO ou intervenção federal. Ou ele faz isso, se não conseguir enfrentar, ou vai ser engolido pelo crime.”

A megaoperação policial, que mobilizou cerca de 2.500 agentes, teve como objetivo prender membros do Comando Vermelho e resultou em aproximadamente 130 mortos, incluindo quatro policiais. O episódio evidencia a gravidade da guerra contra o crime no Rio e o abandono do estado pelo governo federal — enquanto governadores da oposição se unem em defesa da lei e da ordem.

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