Gleisi ataca governadores e acusa Caiado de atrair “intervenção de Donald Trump” no Brasil
Segundo Gleisi, em vez de se unirem ao governo Lula para fortalecer a segurança pública, os governadores estariam “fazendo política” e “seguindo a linha de Ronaldo Caiado (União Brasil)”.
Nesta sexta-feira (31), a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, voltou a atacar governadores de direita, acusando-os de “dividir o país” e até de estimular “intervenções dos Estados Unidos na América Latina”.
Segundo Gleisi, em vez de se unirem ao governo Lula para fortalecer a segurança pública, os governadores estariam “fazendo política” e “seguindo a linha de Ronaldo Caiado (União Brasil)”. A petista defendeu a PEC da Segurança Pública (PEC 18), proposta por Lula, e criticou o grupo que formou o Consórcio da Paz, iniciativa independente criada pelos governadores para combater o crime organizado sem interferência de Brasília.
“Ao invés de somar forças no combate ao crime organizado, como propõe a PEC da Segurança enviada pelo presidente Lula ao Congresso, os governadores da direita, vocalizados por Ronaldo Caiado, investem na divisão política e querem colocar o Brasil no radar do intervencionismo militar de Donald Trump na América Latina”, declarou Gleisi nas redes sociais.
A fala da ministra ocorre em meio ao fortalecimento do novo bloco interestadual liderado por Cláudio Castro (PL-RJ) e apoiado por nomes como Romeu Zema (Novo-MG), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Jorginho Mello (PL-SC) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO). O grupo anunciou uma aliança para compartilhamento de inteligência, reforço policial e estratégias conjuntas no combate ao crime.
Durante o encontro no Rio de Janeiro, os governadores elogiaram a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão. Romeu Zema afirmou que a ação “deve ser considerada a mais bem-sucedida” da segurança pública no país.
“As forças de segurança do Rio de Janeiro fizeram, no meu entender, uma operação que vai fazer parte da segurança pública no Brasil”, destacou Zema.
A operação deixou 121 mortos, entre eles quatro policiais militares, e resultou na apreensão de 93 fuzis. O alvo principal, Edgar Alves de Andrade (Doca), apontado como chefe do Comando Vermelho, segue foragido.
A PEC 18, defendida por Gleisi e pelo governo federal, tem sido duramente criticada pelos governadores por reduzir a autonomia dos estados.
“Único objetivo do governo federal é tirar dos governadores as diretrizes gerais da segurança pública, que é uma determinação que a Constituição de 88 nos deu. Querem transferir nossa autonomia e transformar em diretriz geral do Ministério da Justiça. É intervenção direta nas polícias dos estados”, alertou Ronaldo Caiado.
Gleisi ainda comparou os governadores ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente vive nos Estados Unidos. Segundo a ministra, ele seria “traidor da pátria” por supostamente apoiar sanções do governo do presidente Donald Trump contra o Brasil.
“Não conseguem esconder seu desejo de entregar o país ao estrangeiro, do mesmo jeito que Eduardo Bolsonaro e sua família de traidores da pátria fizeram com as tarifas e a Magnitsky. Segurança pública é uma questão muito importante, que não pode ser tratada com leviandade e objetivos eleitoreiros. Combater o crime exige inteligência, planejamento e soma de esforços”, afirmou Gleisi.
Enquanto isso, o presidente Donald Trump, que já reforçou a presença militar dos EUA no Caribe sob o argumento de combater o narcotráfico, segue sendo usado como “fantasma” pela esquerda brasileira para atacar governadores conservadores.
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