Malafaia denuncia Moraes e aponta avanço do crime nas favelas: ‘O Brasil está entregue!’

O embate ocorre após o ministro decidir ir pessoalmente ao Rio de Janeiro cobrar explicações do governador Cláudio Castro (PL) sobre a megaoperação policial que resultou em 121 mortes nas favelas do Alemão e da Penha.

O pastor Silas Malafaia voltou a desafiar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em um vídeo publicado nesta sexta-feira (31). O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo denunciou a perseguição política e religiosa que, segundo ele, Moraes estaria promovendo contra sua pessoa. O embate ocorre após o ministro decidir ir pessoalmente ao Rio de Janeiro cobrar explicações do governador Cláudio Castro (PL) sobre a megaoperação policial que resultou em 121 mortes nas favelas do Alemão e da Penha.

– “Não tenho medo do ditador da toga Alexandre de Moraes, que promove perseguição política e religiosa contra mim para me calar” – declarou Malafaia.

O pastor classificou a audiência marcada para segunda-feira (3) como “uma aberração jurídica e uma vergonha”, afirmando que o STF e o Ministério Público estão extrapolando seus poderes ao tentar interferir em operações policiais, que são prerrogativas dos governos estaduais.

– “O Ministério Público não é o senhor da ação policial. O senhor da ação policial são os governadores de Estado. Muito menos o Supremo Tribunal Federal” – disparou.

Malafaia também acusou Moraes de tentar “aparecer” e “produzir fato político” com a decisão.

– “Quer aparecer? Pendura uma jaca no pescoço! Sai de trás da toga e vem pro jogo” – ironizou.

O pastor associou ainda a decisão da ADPF das Favelas ao avanço do crime organizado no Rio de Janeiro, apontando que as comunidades viraram refúgio de criminosos sob o amparo de decisões judiciais equivocadas.

– “As favelas se tornaram quartel-general do crime no Brasil sob o manto dessa decisão” – disse.

Por fim, Malafaia criticou a omissão do governo Lula, responsabilizando o presidente pela falta de medidas efetivas de segurança pública.

– “Lula não quis assinar uma GLO, e o Brasil está entregue ao terror dos criminosos” – concluiu.