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TSE surpreende e marca julgamento de Cláudio Castro logo após megaoperação no Rio

A sessão está marcada para terça-feira (4).

TSE surpreende e marca julgamento de Cláudio Castro logo após megaoperação no Rio
TSE surpreende e marca julgamento de Cláudio Castro logo após megaoperação no Rio (Foto: Reprodução)

Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmaram, nos bastidores, que ficaram “surpresos” com a inclusão repentina do processo que pode casssar o mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), na pauta de julgamento da Corte. A sessão está marcada para terça-feira (4).


A presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, decidiu pautar o caso na quarta-feira (29) — curiosamente um dia após a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que terminou com mais de 100 criminosos mortos.

TSE tenta se desvincular da operação

A assessoria de imprensa do tribunal negou qualquer ligação entre o julgamento e a operação no Rio. Segundo o comunicado, a relatora do processo, ministra Isabel Gallotti, liberou o caso para o plenário “para garantir que o julgamento ocorra antes de sua saída da Corte, no fim de novembro”.

Mesmo com a justificativa, ministros teriam demonstrado estranheza com o momento escolhido, já que o processo estava pronto há meses, mas só entrou em pauta após a operação policial.

Possível adiamento no horizonte

Um dos integrantes do tribunal afirmou que há grande chance de um pedido de vista, ou seja, mais tempo para análise. Isso porque o caso é complexo e envolve um governador em exercício, o que deve levar a uma decisão mais cuidadosa.


“O anúncio da pauta foi muito próximo da data do julgamento, e isso naturalmente exige mais tempo de avaliação”, disse uma fonte ao Estadão.

Entenda o caso

Cláudio Castro é acusado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de abuso de poder político e econômico. O órgão afirma que o governador teria usado recursos da Fundação Ceperj e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) para obter vantagem eleitoral nas eleições de 2022.

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), entretanto, absolveu Castro em maio de 2024, alegando falta de provas concretas que ligassem as supostas irregularidades ao pleito. Inconformado, o MPE recorreu ao TSE, e agora o caso volta à pauta — em meio a um clima de tensão e desconfiança sobre os reais motivos da pressa do tribunal.

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