Criminosos do CV tentam escapar para a Argentina e acabam presos pela polícia local
Os detidos foram identificados como Ednei Carlos dos Santos (25 anos), Luís Eduardo Teixeira de Souza (23 anos) e Jackson Santos de Jesus (35 anos), todos naturais de Rio das Ostras (RJ).
A Polícia de Misiones, na Argentina, prendeu nesta sexta-feira (31/10) três brasileiros do Rio Grande do Sul suspeitos de integrarem o Comando Vermelho (CV), uma das facções mais violentas do Brasil. Os criminosos foram capturados enquanto tentavam cruzar ilegalmente a fronteira entre o Brasil e a Argentina por uma rota clandestina.
Os detidos foram identificados como Ednei Carlos dos Santos (25 anos), Luís Eduardo Teixeira de Souza (23 anos) e Jackson Santos de Jesus (35 anos), todos naturais de Rio das Ostras (RJ). Segundo as autoridades argentinas, dois deles têm antecedentes por narcotráfico no Brasil, e o terceiro responde por lesões corporais. A polícia informou que isso “motivou a imediata ativação dos protocolos de cooperação internacional para verificar se há mandados de prisão ou alertas internacionais contra eles”.
A prisão ocorreu na região de Aristóbulo del Valle, como parte da Política de Segurança de Fronteiras, coordenada pelo Ministério do Governo de Misiones. Nenhum dos três apresentou documentos válidos, nem soube justificar sua presença no território argentino.
“Atualmente, a Polícia de Misiones, por meio de sua equipe de inteligência de fronteira, mantém comunicação direta com as polícias militar e civil do Brasil para verificar se os detidos têm pendências judiciais ou alertas internacionais”, declarou a corporação. Enquanto não chegam as informações oficiais do Brasil, os suspeitos permanecem detidos à disposição da Justiça argentina.
O contexto: a megaoperação no Rio de Janeiro
A prisão na Argentina acontece poucos dias após a megaoperação no Rio de Janeiro, considerada a mais letal da história do estado, com ao menos 121 criminosos mortos. A ação foi deflagrada na última terça-feira (28/10) e tinha como objetivo desmantelar a estrutura do Comando Vermelho e apreender armamento pesado usado pela facção.
De acordo com a Polícia Civil do Rio, o Complexo da Penha e o Complexo do Alemão se transformaram em um verdadeiro quartel-general nacional do Comando Vermelho, servindo de base estratégica para o crime organizado em todo o país.
Enquanto isso, o governo Lula tenta controlar os danos à sua imagem após o massacre provocado pela facção. O Palácio do Planalto chegou a gastar R$ 500 mil em propaganda para divulgar supostas “ações de segurança” no Rio de Janeiro. Já o ministro Alexandre de Moraes marcou para esta segunda-feira uma audiência com o governador e o prefeito do Rio, para cobrar explicações sobre a operação.
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