A especialista: Acadêmica ligada a governos do PT sugere que pedra pode derrubar bandido com fuzil
Durante uma entrevista, Muniz sugeriu que bandidos armados com fuzis poderiam ser neutralizados “até com uma pedra”.
A cientista política Jacqueline Muniz, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), virou alvo de duras críticas nas redes sociais após uma declaração absurda sobre a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que terminou com 121 mortos, incluindo quatro agentes de segurança.
Durante uma entrevista, Muniz sugeriu que bandidos armados com fuzis poderiam ser neutralizados “até com uma pedra”.
“O criminoso tá com o fuzil na mão, ele é facilmente rendido por uma pistola, até por uma pedra na cabeça. Enquanto ele tá tentando levantar o fuzil e colocar o fuzil pra atirar, alguém joga uma pedra e já derrubou o sujeito” – disse a professora.
A fala foi recebida com indignação, especialmente por policiais e familiares das vítimas, que consideraram o comentário um deboche com a realidade brutal enfrentada pelas forças de segurança no país.
Formada em Ciências Sociais pela UFF em 1986, Muniz fez mestrado em Antropologia Social pela UFRJ, onde apresentou, em 1992, a dissertação intitulada “Mulher com Mulher dá Jacaré – Uma Abordagem Antropológica da Homossexualidade Feminina”.
Mais tarde, concluiu o doutorado em Ciência Política pelo IUPERJ, da Universidade Cândido Mendes, com a tese “Ser policial é, sobretudo, uma razão de ser: cultura e cotidiano da PMERJ”.
Atualmente, é professora do Departamento de Segurança Pública e do Mestrado em Justiça e Segurança Pública da UFF, além de pesquisadora do Núcleo de Estudos em Conflitos e Sociedade (NECSo/IAC-UFF). Também leciona no curso de Tecnólogo em Segurança Pública na Fundação CECIERJ.
Muniz já ocupou cargos estratégicos em governos estaduais e federais, incluindo o de diretora da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, em 1999, durante o governo Anthony Garotinho, e o de diretora do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento de Pessoal em Segurança Pública do Ministério da Justiça, em 2003, no primeiro governo Lula (PT).
Em seu currículo, ela se orgulha de ter participado da criação de instituições como o Instituto de Segurança Pública (ISP/RJ) e a Corregedoria Geral Unificada das Polícias.
A declaração polêmica reacendeu o debate sobre a desconexão de parte da academia com a realidade das ruas, enquanto o crime organizado segue fortemente armado e cada vez mais ousado, em contraste com o discurso ideológico de alguns especialistas que minimizam o perigo enfrentado pelos agentes de segurança.
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