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Lindbergh corre ao STF contra Cláudio Castro por acionar governo Trump sobre facções criminosas

Na petição ao STF, o deputado afirma que a medida poderia resultar em bloqueios de ativos e sanções impostas por Washington contra cidadãos e instituições brasileiras, além de abrir espaço para “operações conjuntas de inteligência ou militares” em solo nacional sem autorização das autoridades federais.

Lindbergh corre ao STF contra Cláudio Castro por acionar governo Trump sobre facções criminosas
Lindbergh corre ao STF contra Cláudio Castro por acionar governo Trump sobre facções criminosas (Foto: Reprodução)

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a abertura de um inquérito contra o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). O petista acusa o governador de ter cometido “potenciais crimes contra o Estado Democrático de Direito” por solicitar oficialmente que o governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, reconheça o Comando Vermelho (CV) e outras facções criminosas como organizações narcoterroristas.

Para Lindbergh, o pedido de Castro seria um “ato de ingerência estrangeira” em assuntos internos do Brasil. O caso veio à tona após uma reportagem do O Globo revelar que o governo do Rio enviou, no início do ano, um relatório sigiloso à embaixada americana, sugerindo sanções econômicas contra aliados e financiadores internacionais do crime organizado.

Na petição ao STF, o deputado afirma que a medida poderia resultar em bloqueios de ativos e sanções impostas por Washington contra cidadãos e instituições brasileiras, além de abrir espaço para “operações conjuntas de inteligência ou militares” em solo nacional sem autorização das autoridades federais.

Segundo o documento, “nenhum dos atos mencionados teve aval do Presidente da República, do Itamaraty ou do Ministério da Justiça e Segurança Pública”. O texto ainda acusa o governador de ter buscado apoio de integrantes do governo Donald Trump para obter respaldo político no reconhecimento das facções brasileiras como grupos terroristas. Lindbergh considera a ação uma “tentativa de interferência estrangeira na política interna” e até um possível “atentado à soberania e espionagem”.

Enquanto o PT tenta criminalizar o movimento do governador, Cláudio Castro segue atuando na área de segurança pública. Nesta terça-feira (4), ele está em Brasília em reuniões com lideranças políticas, logo após uma grande operação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em 121 mortes — uma ação que reacendeu o debate sobre o combate à criminalidade no Rio de Janeiro.

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