Derrite deixa o governo de SP para liderar PL que enquadra facções como terroristas
A expectativa é que, com Derrite na relatoria, o projeto ganhe mais força no Congresso e enfrente a resistência do governo Lula, que vem sendo acusado por muitos de proteger interesses de grupos criminosos ao dificultar medidas mais rigorosas de segurança pública.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), decidiu exonerar, nesta quinta-feira (6), o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP). A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado e faz parte de uma estratégia política com foco em Brasília.
A saída de Derrite tem um motivo claro: ele deve assumir a relatoria do Projeto de Lei (PL) que classifica facções criminosas e milícias como organizações terroristas — uma medida firme e aguardada por quem defende o combate real ao crime organizado.
Inicialmente, o relator seria o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), mas, após a megaoperação no Rio de Janeiro — que resultou em 121 mortos, incluindo quatro policiais — o nome de Derrite ganhou força entre parlamentares da oposição. A votação do projeto, que estava marcada para terça-feira (4), acabou adiada, e nos bastidores comenta-se que o governo federal estaria tentando postergar a análise por discordar da proposta.
O texto do PL é direto e duro: equipara as ações de facções e milícias aos crimes de terrorismo, abrangendo práticas como intimidação da população, ataques à soberania nacional, controle de territórios pelo crime, sabotagem de serviços públicos e atentados contra agentes do Estado.
A expectativa é que, com Derrite na relatoria, o projeto ganhe mais força no Congresso e enfrente a resistência do governo Lula, que vem sendo acusado por muitos de proteger interesses de grupos criminosos ao dificultar medidas mais rigorosas de segurança pública.
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