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Indígenas protestam na frente da COP30 e exigem reunião com autoridades

Imagens da equipe da Rádio Bandeirantes mostram os manifestantes posicionados bem diante da entrada oficial, exigindo um encontro imediato com autoridades.

Indígenas protestam na frente da COP30 e exigem reunião com autoridades
Indígenas protestam na frente da COP30 e exigem reunião com autoridades (Foto: Reprodução)

A manhã desta sexta-feira (14) começou com mais um episódio de tensão na COP30, em Belém. Um grupo de indígenas bloqueou a entrada principal da conferência da ONU sobre mudanças climáticas, paralisando o acesso à chamada Blue Zone — área restrita onde circulam autoridades e delegações internacionais.

Imagens da equipe da Rádio Bandeirantes mostram os manifestantes posicionados bem diante da entrada oficial, exigindo um encontro imediato com autoridades.

Diante da confusão, o policiamento foi reforçado com agentes do Exército brasileiro e da Força Nacional. Eles contiveram o avanço do grupo e restabeleceram a ordem.

Segundo o apresentador Pedro Campos, quem precisa acessar a área credenciada da Blue Zone terá de entrar temporariamente pela saída do pavilhão. Ainda não está claro se a programação oficial desta sexta-feira foi diretamente afetada.


ONU RECLAMA DA ORGANIZAÇÃO BRASILEIRA DA COP30 E COBRA PROVIDÊNCIAS

Em uma carta dirigida ao governo brasileiro, o secretário-executivo da UNFCCC, Simon Stiell, fez críticas duras à condução do evento no Brasil.

Segundo ele, tanto o governo federal quanto o estadual falharam em garantir requisitos básicos de segurança, logística e infraestrutura.

Stiell destacou que houve falhas operacionais graves durante a invasão de terça-feira, quando cerca de 150 manifestantes conseguiram romper a área reservada à conferência. Mesmo com seguranças no local, o protocolo pré-estabelecido não foi seguido.

Além disso, a ONU apontou diversos problemas estruturais: ar-condicionado inoperante, calor intenso, infiltrações, banheiros sem abastecimento regular de água e longas filas para alimentação — tudo abaixo do padrão prometido pelo Brasil ao sediar a COP30.


 Falhas levantadas pela ONU:

Segurança:

Portas sem monitoramento adequado.

Acesso frágil que permitiu invasão da área exclusiva.

Infraestrutura:

Ar-condicionado “não operava ou sequer foi instalado em determinados pavilhões”, gerando “problemas de saúde relacionados ao calor”.

Logística:

Filas extensas, exigência de cartão pré-pago para alimentação.

Acomodações insuficientes para delegações de países menores.


A ONU exige agora “um plano de ação imediato” do governo brasileiro para corrigir todas as falhas — de reforço de segurança à melhoria da climatização e do saneamento.

NOTA DO GOVERNO BRASILEIRO: DEFESA E PROMESSAS DE AJUSTES

Em resposta, o governo alegou que a Casa Civil não participou das decisões de segurança na ocasião do protesto do dia 11. Afirmou ainda que a proteção interna da Blue Zone é de responsabilidade da UNDSS, ligada à própria ONU.

O governo garantiu que está atendendo todas as solicitações e que as forças federais e estaduais, junto à UNDSS, já revisaram e ampliaram os perímetros de segurança.


Medidas anunciadas:

Ampliação da área intermediária entre Zona Azul e Zona Verde.

Ação conjunta da Força Nacional e Polícia Federal.

Instalação de gradis, barreiras metálicas e reforços estruturais.

Novos aparelhos de ar-condicionado.

Reparos em goteiras e substituição de calhas rompidas.


INVASÃO LIGADA A INDÍGENAS E MILITANTES DO PSOL

Na noite de terça-feira (11), indígenas e manifestantes ligados ao PSOL invadiram a sede da COP30. O grupo reivindicava taxação de grandes fortunas para financiar políticas climáticas — pauta típica da esquerda radical.

Os manifestantes empurraram, quebraram a porta da entrada da Zona Azul e partiram para o confronto com os seguranças.

Três seguranças de uma empresa terceirizada ficaram feridos.

Após o tumulto, uma multidão deixou o local a pé. A segurança foi reforçada, já que os manifestantes prometeram retornar — aumentando ainda mais a pressão internacional sobre a organização da conferência, justamente no momento em que os Estados Unidos, liderados pelo atual presidente Donald Trump, observam atentamente o cenário político brasileiro.

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