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Ministro André Mendonça cobra explicações de Lula após pedido para barrar “homem branco” no Supremo

O pedido integra uma ação apresentada por um grupo de juristas que tenta pressionar o Planalto na escolha do próximo ministro da Corte.

Ministro André Mendonça cobra explicações de Lula após pedido para barrar “homem branco” no Supremo
Ministro André Mendonça cobra explicações de Lula após pedido para barrar “homem branco” no Supremo (Foto: Reprodução)

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, decidiu nesta sexta-feira (14) cobrar do presidente Lula explicações formais sobre a possível escolha de uma mulher negra para ocupar a cadeira deixada por Luís Roberto Barroso no STF. O pedido integra uma ação apresentada por um grupo de juristas que tenta pressionar o Planalto na escolha do próximo ministro da Corte.


A movimentação ganhou força depois que o coletivo DeFEMde — formado por advogadas negras — protocolou um mandado de segurança preventivo no Supremo. O grupo exige uma liminar obrigando o governo a considerar exclusivamente candidatas mulheres negras para o posto. Segundo elas, a intenção é impedir que Lula indique nomes que, conforme alegam, representam o “perfil historicamente dominante”, e citam diretamente Jorge Messias, Rodrigo Pacheco e Bruno Dantas, que “não deveriam ser considerados”.

Na ação, o coletivo menciona a Constituição e tratados internacionais ratificados pelo Brasil, como a Convenção Interamericana contra o Racismo, argumentando que a composição do Judiciário deve refletir a diversidade social. A advogada Raphaella Reis afirma que os textos legais impõem ao Estado essa obrigação.

Raphaella também ressalta que esta é a terceira oportunidade que Lula tem, neste mandato, de indicar a primeira mulher negra ao Supremo. Ao longo de seus governos, Lula já escolheu dez ministros — entre eles dois homens negros e apenas uma mulher.

O DeFEMde diz que recorreu ao STF para forçar o governo a seguir o chamado “bloco constitucional de direitos humanos”. Na visão da jurista, Lula “deve se abster de indicar mais um homem branco”.

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