Casa Branca reforça proteção econômica e Brasil segue sob tarifa pesada de 40%
A fala ocorre um dia depois de sua administração cortar em 10% algumas taxas que incidiam sobre produtos como café, carne e frutas — uma medida tomada para aliviar os custos para o consumidor americano.
Durante uma conversa com jornalistas no Air Force One nesta sexta-feira (14), o presidente dos EUA, Donald Trump, deixou claro que não pretende reduzir outras tarifas de importação além do ajuste já anunciado. A fala ocorre um dia depois de sua administração cortar em 10% algumas taxas que incidiam sobre produtos como café, carne e frutas — uma medida tomada para aliviar os custos para o consumidor americano.
Segundo o presidente Trump, esse recuo inicial já atende ao objetivo central da Casa Branca: frear a inflação e baixar preços internos sem comprometer a política firme de proteção à indústria nacional.
– “Eu não acho que será necessário. Nós acabamos de fazer um pequeno recuo com alguns produtos, como o café, por exemplo. Os preços do café estavam um pouco altos e agora estarão mais baixos muito em breve” — afirmou.
A decisão beneficia diversos países, incluindo o Brasil, ao derrubar apenas a tarifa recíproca de 10%. Entretanto, a sobretaxa adicional de 40% sobre produtos brasileiros continua em vigor, limitando qualquer avanço mais significativo para exportadores nacionais.
Neste sábado (15), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, comentou a redução e apontou a distorção no tratamento dado aos produtos brasileiros.
– “Há uma distorção que precisa ser corrigida. Todo mundo teve 10% [pontos percentuais] a menos. Só que, no caso do Brasil, que tinha 50%, ficou com 40%, que é muito alto.”
Alckmin reconheceu, porém, que alguns setores foram favorecidos pela medida do governo Trump.
– “Você teve um setor muito atendido que foi o suco de laranja. Era 10% e zerou. Isso é 1,2 bilhão de dólares [a mais nas exportações]. Então zerou, ficou sem nenhum imposto.”
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