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Maduro canta Imagine enquanto teme reação dos EUA de Donald Trump

A encenação ocorreu diante de figuras do regime e seguidores alinhados ao chavismo.

Maduro canta Imagine enquanto teme reação dos EUA de Donald Trump
Maduro canta Imagine enquanto teme reação dos EUA de Donald Trump (Foto: Reprodução)

Em mais um ato carregado de propaganda bolivariana em Caracas, neste sábado, 15, o ditador venezuelano Nicolás Maduro tentou surpreender sua militância ao cantar o refrão de Imagine, de John Lennon, enquanto pedia que a Venezuela evitasse qualquer escalada com os Estados Unidos — liderados hoje pelo presidente Donald Trump. A encenação ocorreu diante de figuras do regime e seguidores alinhados ao chavismo.

Maduro insistiu que é necessário “fazer tudo pela paz”, repetiu trechos da música e tentou reforçar um tom conciliador, alegando que o país deve priorizar a estabilidade — discurso que contrasta com a postura agressiva que o próprio regime historicamente adota.

Ato bolivariano vira vitrine para discurso pacifista improvisado

O evento marcava a posse de novos comitês de base bolivarianos. Durante a cerimônia, Maduro chamou ao palco o ministro da Comunicação, Alfred Nazareth, para destacar o verso “Imaginem todas as pessoas”. Com a música ecoando pelos alto-falantes, integrantes do governo levantaram as mãos em gesto típico de movimentos pacifistas — cena que soou mais como encenação teatral do que como uma política real de abertura.


Tudo isso ocorre em meio ao agravamento das relações entre Caracas e Washington. Nas últimas semanas, os Estados Unidos reforçaram sua presença militar no Caribe, irritando o regime chavista.

Maduro muda o tom e convoca ‘mobilização permanente’

No mesmo comício, porém, o ditador rapidamente abandonou o discurso pacifista e elevou o tom contra os EUA, criticando o retorno dos exercícios militares americanos em Trinidad e Tobago, classificando-os como “exercícios irresponsáveis”. Para a multidão presente, ele convocou “todas as forças populares, sociais, políticas, militares e policiais” a se manterem em alerta, com “fervor patriótico”, contra o que chamou de “barcos imperialistas” e “ameaças militares”.

O regime ordenou atenção redobrada nos estados de Bolívar, Delta Amacuro, Monagas, Anzoátegui, Nueva Esparta e Sucre — este último o mais próximo de Trinidad.

Maduro ainda pediu união entre civis e militares, enfatizando que tudo deve ser feito “com a bandeira da Venezuela em alto”.

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