Flávio e Eduardo Bolsonaro viajam a El Salvador para conhecer modelo de segurança de Bukele
A visita ocorre em um momento em que o Congresso brasileiro discute pautas relacionadas ao tema, como o PL Antifacção, previsto para votação na terça-feira, 18.
Os parlamentares Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador e presidente da Comissão de Segurança Pública, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) viajarão para El Salvador na segunda-feira, 17.
O pedido oficial da viagem foi apresentado por Flávio no início do mês e aprovado pelo colegiado.
No requerimento, o senador afirma que o objetivo é promover troca de informações sobre políticas de segurança, legislação penal e o sistema penitenciário implementado pelo governo do presidente Nayib Bukele, cujo modelo tem sido destacado internacionalmente pela estratégia rígida de combate a facções criminosas. A agenda completa ainda não foi detalhada.
A visita ocorre em um momento em que o Congresso brasileiro discute pautas relacionadas ao tema, como o PL Antifacção, previsto para votação na terça-feira, 18.
Oposição já está no país
Outros deputados da oposição se anteciparam e já desembarcaram em El Salvador.
Nikolas Ferreira (PL-MG) chegou na quinta-feira, 13, e se reuniu com o presidente da Assembleia Legislativa, Ernesto Castro, e com o ministro da Justiça, Gustavo Villatoro. Ele afirmou que a missão busca conhecer de perto as medidas de segurança adotadas pelo governo local. Nas redes sociais, o parlamentar elogiou a infraestrutura do país e atribuiu melhorias ao governo Bukele: para ele, a transformação do aeroporto e os avanços na segurança são “inegáveis”. O Fórum Mundial da Segurança, que reúne representantes de vários países, também contará com parlamentares brasileiros, entre eles Maurício do Vôlei (PL-MG).
STF forma maioria para tornar Eduardo réu
A viagem ocorre no mesmo dia em que a Primeira Turma do STF formou maioria, nesta sexta-feira, 14, para receber a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Eduardo Bolsonaro.
Em 22 de setembro, a PGR denunciou Eduardo e o empresário Paulo Figueiredo por coação no curso do processo, crime previsto no artigo 344 do Código Penal.
Segundo a acusação, ambos teriam articulado, “de forma livre, consciente e voluntária”, ameaças envolvendo a imposição de sanções estrangeiras contra magistrados e até contra o próprio Estado brasileiro.
De acordo com a PGR, o intuito seria interferir no julgamento da Ação Penal 2.668, que investigou o chamado “núcleo 1” na suposta tentativa de golpe de Estado no país entre 2022 e 2023, buscando impedir a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de aliados.
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