Donald Trump diz que conversará em breve com Nicolás Maduro
O clima entre Washington e Caracas segue extremamente tenso nos últimos meses, tanto no campo diplomático quanto no militar.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atual chefe da nação americana, afirmou que deve conversar em breve com o ditador venezuelano Nicolás Maduro, embora tenha deixado claro que não pode revelar antecipadamente o teor da conversa. Trump adiantou, porém, que tem algo “muito específico” a dizer ao líder chavista.
– Falarei com ele em um futuro não muito distante. Não posso dizer o que vou dizer a ele, mas tenho algo muito específico a dizer – declarou Trump, em entrevista à Fox News nesta sexta-feira (21). O republicano ainda garantiu que os EUA “estarão muito envolvidos” nas questões que envolvem a Venezuela.
O clima entre Washington e Caracas segue extremamente tenso nos últimos meses, tanto no campo diplomático quanto no militar. O presidente Donald Trump intensificou a ofensiva contra o narcotráfico e já ordenou a derrubada de embarcações suspeitas de ligação com o crime. Trump também mantém a acusação de que Maduro é chefe do cartel de Los Soles e não descarta uma futura ação militar em solo venezuelano.
Maduro, enquanto isso, tenta se passar por amante da “paz”. Chegou até a cantar Imagine, de John Lennon, em um comício bolivariano no último dia 16, afirmando querer um encontro “cara a cara” com o presidente norte-americano.
– Somente através da diplomacia devem ser entendidos os países livres e os governos, e somente através do diálogo devem ser buscados pontos comuns em temas de interesse mútuo. O diálogo é o caminho para buscar a verdade e a paz – declarou o ditador.
A postura pacifista, no entanto, contrasta totalmente com o discurso adotado por Maduro durante as eleições do ano passado na Venezuela. À época, ele chegou a insinuar que o país enfrentaria um “banho de sangue” caso a direita vencesse o pleito — eleição acusada internacionalmente de ter sido fraudada em favor do chavismo.
– Em 28 de julho se decide se a Venezuela permanecerá em paz ou se vamos entrar em um cenário de desestabilização e uma guerra civil. Se a direita fascista enganar a população na Venezuela, pode haver um banho de sangue e uma guerra civil, porque esse povo não permitirá que lhe tirem seu país. Não vai deixar que entreguem a Guiana Essequiba, não vai deixar direitos sociais serem privatizados. Somos um forte e um poder popular em cada rua, em cada comunidade. Somos uma potência militar, uma potência policial, um poder popular em cada rua, em cada comunidade. E a união cívico-militar-policial (...) não vai deixar que lhe tirem sua pátria – discursou Maduro na época.
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