PSOL pede prisão de ex-ministros de Bolsonaro por “risco de fuga”

O grupo da extrema-esquerda insiste na narrativa de que haveria “risco concreto de fuga” por parte dos investigados.

Parlamentares do PSOL voltaram à carga nesta quinta-feira (20), em Brasília, ao pressionarem o ministro Alexandre de Moraes, do STF, para que determine medidas cautelares — incluindo prisão preventiva — contra Augusto Heleno, Anderson Torres, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier. O grupo da extrema-esquerda insiste na narrativa de que haveria “risco concreto de fuga” por parte dos investigados.

A petição, assinada por figuras conhecidas do PSOL como Ivan Valente, Talíria Petrone, Célia Xakriabá, Erika Hilton, Chico Alencar, Fernanda Melchionna, Glauber Braga, Henrique Vieira, Luciene Cavalcante, Luiza Erundina, Sâmia Bomfim e Tarcísio Motta, tenta convencer o STF de que viagens recentes ao exterior e estadias prolongadas fora do país configurariam uma “possibilidade real de evasão”, sustentando que isso representaria ameaça à aplicação da lei penal.

O partido lembra que os quatro já foram condenados pelo Supremo em razão dos eventos de 8 de janeiro e aguardam apenas o trânsito em julgado — argumento usado para reforçar a tese de que haveria risco de tentar escapar das penas impostas pelo próprio tribunal.

Os parlamentares ainda afirmam que os ex-ministros possuem influência política e militar, além de redes de apoio que, segundo eles, poderiam atrapalhar ações do Estado e facilitar possíveis fugas.

Na petição, o PSOL recorre até a comparações questionáveis, citando a “suposta permanência” de Alexandre Ramagem nos Estados Unidos e a saída temporária de Carla Zambelli do país em momentos sensíveis das investigações, tentando encaixar esses episódios em um suposto “padrão” de deixar o Brasil em fases críticas.

Com isso, o partido pede ao STF que determine prisão preventiva ou alguma medida que restrinja a liberdade dos investigados, além de retenção de passaportes, fiscalização de medidas alternativas e até cooperação internacional, caso algum deles esteja fora do país.