Moraes diz que Bolsonaro tentou violar tornozeleira à meia-noite

No despacho, Moraes declarou que a ocorrência “constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão” — tumulto que, segundo ele, teria sido provocado pela vigília organizada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-chefe do Executivo.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o tribunal foi notificado, às 0h08 deste sábado (22), sobre uma suposta violação da tornozeleira eletrônica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No despacho, Moraes declarou que a ocorrência “constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão” — tumulto que, segundo ele, teria sido provocado pela vigília organizada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-chefe do Executivo.

A comunicação partiu do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal e foi anexada à decisão que determinou a prisão preventiva de Bolsonaro.

Moraes também criticou a mobilização de apoiadores, alegando que, embora apresentada como uma manifestação pacífica, estaria “disfarçada de vigília”. Para o ministro, a atitude “indica a repetição do modus operandi da organização criminosa no sentido da utilização de manifestações populares criminosas, com o objetivo de conseguir vantagens pessoais”.

O magistrado ainda reforçou seu argumento ao afirmar: “A eventual realização da suposta ‘vigília’ configura altíssimo risco para a efetividade da prisão domiciliar decretada e põe em risco a ordem pública e a efetividade da lei penal”.

Para muitos conservadores, o episódio reforça a percepção de que o Judiciário brasileiro segue avançando contra Bolsonaro e seu eleitorado, transformando manifestações espontâneas em justificativa para medidas cada vez mais duras.