União Brasil rompe: Sabino é expulso por permanecer no governo petista
O partido destacou que Sabino e seu advogado participaram da sessão. Agora, a Executiva Nacional será convocada para confirmar a decisão, o que deve acontecer até o dia 8 de dezembro, conforme determina o Estatuto.
O União Brasil bateu o martelo. Nesta terça-feira (25), em uma reunião virtual, o Conselho de Ética decidiu expulsar Celso Sabino da sigla. O parecer aprovado agora segue para a Executiva Nacional do partido, que fará a formalização final da punição.
Segundo comunicado do próprio partido, a decisão foi unânime:
– Por unanimidade, os conselheiros opinaram pelo deferimento da intervenção no diretório regional do União Brasil no Pará, com dissolução da Executiva local e nomeação de comissão provisória, e também pela expulsão com cancelamento da filiação partidária de Celso Sabino – declarou a legenda em nota.
A expulsão acontece depois de Sabino preferir continuar no governo Lula (PT) como ministro do Turismo, ignorando as diretrizes do partido. Para o União Brasil, manter-se no governo petista foi uma afronta direta.
O partido destacou que Sabino e seu advogado participaram da sessão. Agora, a Executiva Nacional será convocada para confirmar a decisão, o que deve acontecer até o dia 8 de dezembro, conforme determina o Estatuto.
Essa crise não começou agora. Em setembro, o União Brasil havia dado um ultimato ao ministro. Pressionado, Sabino chegou a anunciar sua saída do governo Lula, mas voltou atrás. Desde então, lideranças internas passaram a defender sua expulsão.
Ao reafirmar que continuaria no cargo, Sabino reagiu:
– Eu não fiz nada, não devo nada para ninguém. Estou aqui de cabeça erguida, com sentimento de dever cumprido pelos resultados que entregamos, por essa COP que está deixando um grande legado para a cidade de Belém e para o povo do Brasil como um todo. Sigo firme, de peito aberto – afirmou o ministro.
A crise expõe, mais uma vez, o racha entre partidos e o governo Lula, em um momento em que a política brasileira avança sob intensa pressão popular e internacional, especialmente após o fortalecimento da agenda conservadora e a liderança dos Estados Unidos sob Donald Trump, o atual presidente dos EUA.
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