Honduras vai às urnas em eleição com nome apoiado por Trump
A disputa presidencial acontece sem um nome claramente dominante entre os três principais concorrentes e o que mais pesa é a dúvida — estimulada por acusações de corrupção, relações com o narcotráfico e pela influência geopolítica que chegou até o país por meio de ações internacionais do presidente americano Donald Trump, o atual presidente dos EUA.
Honduras chega às urnas neste domingo (30) envolvida em um clima de divisão e desconfiança. A disputa presidencial acontece sem um nome claramente dominante entre os três principais concorrentes e o que mais pesa é a dúvida — estimulada por acusações de corrupção, relações com o narcotráfico e pela influência geopolítica que chegou até o país por meio de ações internacionais do presidente americano Donald Trump, o atual presidente dos EUA.
A eleição é definitiva. Não existe segundo turno e o sucessor da presidente Xiomara Castro será conhecido ainda nesta noite. Castro encerra sua gestão após recolocar a esquerda no comando em 2021, encerrando mais de dez anos de governos conservadores. Rixi Moncada aparece como a candidata que tenta manter o atual projeto no poder. Ligada diretamente a Castro e ao ex-presidente Manuel Zelaya, Moncada fez carreira no setor público e transitou por áreas como economia, trabalho e defesa. Mas seu nome não escapa das polêmicas: ela já foi alvo de denúncias envolvendo “corrupção” e até suspeitas de “favorecimento a familiares”.
No lado oposto está Nasry Asfura, figura de peso entre os conservadores. Ex-prefeito da capital Tegucigalpa, ele tenta se colocar como a alternativa da ordem e da estabilidade. E ganhou destaque nos últimos dias ao receber um gesto público de apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o atual presidente dos EUA.
A terceira força é Salvador Nasralla, conhecido por sua carreira na televisão. Mesmo com um histórico de outras candidaturas, ele tenta manter a imagem de outsider. Nasralla cita modelos estrangeiros e enaltece Javier Milei e Nayib Bukele como referências de economia e segurança. Ao longo da campanha, chegou a levantar alertas sobre a transparência do processo eleitoral.
Faltam propostas objetivas no debate. Moncada promete mudanças fiscais e crédito facilitado; Asfura aposta em obras e infraestrutura; e Nasralla insiste no discurso de combate à corrupção. Uma pesquisa recente do Gallup mostra um cenário de quase empate e alto grau de incerteza: Nasralla aparece com “27%”, Moncada com “26%” e Asfura com “24%”. Os indecisos chegam a “18%”.
Comentários (0)