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Moraes dá 15 dias para PF investigar se Augusto Heleno tem Alzheimer

De acordo com a determinação, a PF tem 15 dias para realizar uma perícia médica completa sobre as condições de saúde do general.

Moraes dá 15 dias para PF investigar se Augusto Heleno tem Alzheimer
Moraes dá 15 dias para PF investigar se Augusto Heleno tem Alzheimer (Foto: Reprodução)

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, voltou à cena nesta segunda-feira (1º) e ordenou que a Polícia Federal investigue se o general Augusto Heleno – ex-chefe do GSI e um dos símbolos do governo Bolsonaro – sofre de Alzheimer.

De acordo com a determinação, a PF tem 15 dias para realizar uma perícia médica completa sobre as condições de saúde do general. Os peritos deverão examinar:

histórico clínico;

exames laboratoriais, incluindo função da tireoide e vitamina B12;

avaliações neurológicas e neuropsicológicas;

“verificação do estado de saúde do réu, em especial sua memória e outras funções cognitivas”;

identificação de limitações funcionais;

cuidados necessários para preservar sua integridade física e cognitiva;

e ainda a “avaliação da necessidade ou não de supervisão contínua”.


A decisão autoriza, caso seja necessário, exames de imagem como ressonância magnética e PET. Ao final, a PF deverá apresentar um laudo pericial com todas as conclusões.

Segundo Moraes, essa investigação é indispensável antes de decidir sobre o pedido de prisão domiciliar humanitária feito pela defesa do general. O ministro alegou a existência de “informações contraditórias” sobre o histórico médico de Heleno. Aos 78 anos, ele foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado e já se encontra detido no Comando Militar do Planalto. Na semana passada, após o trânsito em julgado, ele passou por exame de corpo de delito e, segundo constou no documento, teria alegado sofrer de Alzheimer desde 2018.

Após a ordem de Moraes, a defesa reagiu e disse que nunca afirmou que Heleno tinha Alzheimer desde 2018, atribuindo a informação a um possível erro do perito. Os advogados apresentaram uma linha do tempo clínica indicando que:

em 2018, o general foi diagnosticado com transtorno depressivo grave, que entrou em remissão em 2020;

em 2022, surgiram sintomas ansiosos e primeiras queixas cognitivas;

em 2023, os problemas de memória se intensificaram progressivamente;

em 2024, uma avaliação neuropsicológica sugeriu início de quadro demencial;

e apenas em janeiro de 2025, após exames específicos, veio o diagnóstico de demência mista (Alzheimer e vascular).

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