PT acusa EUA de agir sem provas contra Maduro e teme intervenção
A sigla ainda acusa os EUA de classificarem Maduro como integrante de uma “organização terrorista estrangeira” sem apresentar provas internacionais, o que, segundo o texto da SRI, poderia justificar intervenções externas sob o pretexto do combate ao “narcoterrorismo”.
A Secretaria de Relações Internacionais (SRI) do Partido dos Trabalhadores voltou a demonstrar “preocupação” com a crescente tensão militar envolvendo os Estados Unidos e a Venezuela. O PT pede que os dois governos priorizem o tal “diálogo diplomático”, alegando que a movimentação norte-americana pode gerar impactos sérios na segurança e no equilíbrio geopolítico da América Latina. A legenda reforça o tradicional discurso da “soberania dos Estados”.
Segundo o PT, a América Latina precisa continuar sendo uma zona de “paz, diálogo e cooperação”, e insiste que a negociação entre os presidentes dos EUA e da Venezuela deve prevalecer para que a diplomacia seja a “solução ao princípio da soberania dos Estados”. O partido de Luiz Inácio Lula da Silva sustenta que Washington acusa Nicolás Maduro de envolvimento com o Cartel dos Soles “sem nenhuma evidência” e que uma eventual ação militar abriria um “precedente sensível”.
A sigla ainda acusa os EUA de classificarem Maduro como integrante de uma “organização terrorista estrangeira” sem apresentar provas internacionais, o que, segundo o texto da SRI, poderia justificar intervenções externas sob o pretexto do combate ao “narcoterrorismo”.
O documento cita o telefonema recente entre Maduro e Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, como exemplo de que “em contextos adversos, a negociação é possível e desejável”. O PT afirma continuar “plenamente alinhado” ao discurso de não intervenção.
Segundo a declaração, “toda iniciativa que eleve o risco de conflito armado na região deve ser imediatamente substituída por esforços de entendimento político, diálogo diplomático e cooperação internacional”, reforçando a ideia de que a América Latina deve ser mantida como zona de paz.
O posicionamento coincide com o que Lula defende: que a crise seja resolvida com “diálogo” e não com “armas”. O petista chegou a criticar os Estados Unidos e declarou que o país deveria ajudar no combate ao tráfico internacional em vez de “atirar contra esses países”.
Trump, no entanto, mantém uma visão oposta. Para o presidente norte-americano, Maduro é uma das figuras-chave do narcotráfico na região, razão pela qual reforçou operações militares no Caribe. Navios supostamente ligados ao tráfico já foram interceptados e a possibilidade de uma operação terrestre não está descartada.
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