Líder do PT vai ao STF cobrar cassação de Zambelli
A movimentação reacende o debate sobre a condenação de Zambelli, que em maio foi sentenciada pela Primeira Turma do STF. A Corte decidiu, de forma unânime, por dez anos de prisão e perda do mandato, alegando participação na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), voltou à carga nesta terça-feira (2) para tentar acelerar a cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Incomodado com o relatório do deputado Diego Garcia (Republicanos-PR) — que recomenda a manutenção do mandato da parlamentar — o petista anunciou que irá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar a Mesa da Câmara a cumprir a decisão judicial.
Segundo ele, a Câmara não pode simplesmente ignorar o que foi determinado pelo Judiciário.
– “Francamente, é preciso que a Câmara tome uma posição enérgica, porque o caminho é a desmoralização da instituição” – declarou.
Lindbergh também afirmou que entrará com um mandado de segurança direcionado ao presidente da Casa:
– “Estou entrando com mandado de segurança, dirigido ao presidente da Câmara, para que a decisão do acórdão seja cumprida, como no caso do deputado Alexandre Ramagem” – disse.
A movimentação reacende o debate sobre a condenação de Zambelli, que em maio foi sentenciada pela Primeira Turma do STF. A Corte decidiu, de forma unânime, por dez anos de prisão e perda do mandato, alegando participação na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Durante o julgamento, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que a deputada tinha uma “ligação umbilical” com o hacker Walter Delgatti, condenado a oito anos e três meses. A acusação sustenta que Zambelli teria coordenado o ataque ao sistema do CNJ, que chegou a emitir até um mandado de prisão falso contra o próprio ministro.
Para a Procuradoria-Geral da República, a parlamentar “comandou” e participou do “planejamento do ataque cibernético”.
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