Nikolas Ferreira chama atenção para as últimas decisões do STF

Nikolas também comentou que o ministro Dias Toffoli colocou “o maior escândalo de fraude financeira sob sigilo máximo”.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou, nesta quarta-feira (3), um vídeo nas redes sociais no qual alerta seus seguidores sobre decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) que vêm causando indignação e discussões no país.

No início do vídeo, Nikolas afirma que o ministro Gilmar Mendes praticamente “reescreveu a Constituição” ao alterar os critérios para apresentação e abertura de pedidos de impeachment contra ministros do Supremo. Ele criticou a liminar assinada por Gilmar, que determina que apenas a Procuradoria-Geral da República (PGR) pode apresentar esse tipo de pedido — eliminando o direito do cidadão comum. Além disso, a decisão aumenta para dois terços o número de votos no Senado para que um processo dessa natureza avance. A regra prevista na Lei 1.079/1950 permite que qualquer brasileiro protocole denúncias e exige apenas maioria simples. A mudança ainda será submetida ao plenário virtual entre 12 e 19 de dezembro.

Nikolas também comentou que o ministro Dias Toffoli colocou “o maior escândalo de fraude financeira sob sigilo máximo”. Ele se refere ao caso envolvendo Daniel Vorcaro, ligado ao Banco Master, que já estava sob segredo de Justiça, mas teve o sigilo reforçado pelo ministro. Agora, até informações básicas foram ocultadas, podendo ser acessadas apenas por advogados do processo, Ministério Público e servidores autorizados.

Em seguida, o deputado destacou que Alexandre de Moraes “defendeu a remuneração dos juízes mais caros do mundo e chamou quem reclama de inimigo”. O ministro afirmou, durante o 19° Encontro Nacional do Poder Judiciário, que magistrados não deveriam se envergonhar ao pedir uma “remuneração digna” e ainda defendeu o retorno do quinquênio — o Adicional por Tempo de Serviço (ATS), que garante aumento automático a cada cinco anos.

Por fim, Nikolas criticou a Suprema Corte ao dizer que “o STF entrou até no futebol”, após a Segunda Turma decidir que “forçar cartão amarelo para ajudar apostador não é crime”. O processo era voltado ao jogador Igor Cariús, denunciado por supostamente receber R$ 30 mil para provocar um cartão amarelo durante partida entre Atlético-MG e Cuiabá em 2022, no âmbito da Operação Penalidade Máxima.

Para Nikolas, a sequência de decisões levanta sérias dúvidas sobre os rumos da Justiça brasileira — enquanto o povo assiste perplexo a privilégios, sigilos e blindagens dentro da Corte.