cover
Tocando Agora:

Senado vota reforma da Lei do Impeachment na próxima quarta (10)

O texto teve colaboração direta do atual ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que contribuiu logo após sua saída do STF, e já foi analisado em diversas audiências públicas com especialistas.

Senado vota reforma da Lei do Impeachment na próxima quarta (10)
Senado vota reforma da Lei do Impeachment na próxima quarta (10) (Foto: Reprodução)

O Senado deve movimentar o tabuleiro político nesta quarta-feira (10). A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) colocará em votação o projeto que moderniza a antiga Lei do Impeachment, criada em 1950 – uma atualização que muitos consideram urgente diante da realidade atual. O texto teve colaboração direta do atual ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que contribuiu logo após sua saída do STF, e já foi analisado em diversas audiências públicas com especialistas.


O presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), confirmou que apresentará o relatório do senador Weverton Rocha (PDT-MA) para avaliação. A iniciativa avançou após conversas com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

A proposta ganha ainda mais relevância após a recente decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, que limitou pedidos de impeachment contra ministros do STF apenas à Procuradoria-Geral da República. Questionado sobre possível retaliação ao Judiciário, Alencar negou qualquer confronto. “Não é confronto com o Supremo. Trata-se de atender o que a Constituição quer. Apenas vamos atualizar uma lei antiga”, afirmou.

Aliados de Alcolumbre querem acelerar o processo e levar o projeto ao plenário antes do recesso, que começa no dia 17. Caso receba aprovação na CCJ, o texto pode ser votado pelo plenário já na próxima semana.

Outras pautas que mexem com o Supremo – como mandatos para ministros e novas regras de sabatina – não devem avançar neste momento. Ainda assim, Alencar destacou que continuará pressionando para que a Câmara vote a PEC que restringe decisões monocráticas do STF. “Eu quero. Davi quer. Todos queremos. Aprovamos há três anos, e a Câmara ainda não avançou com o fim do foro privilegiado”, cobrou.

Comentários (0)