Condenado no Mensalão, José Dirceu fala em “momento revolucionário” no Brasil, PT se arma para 2026
A declaração veio enquanto ele citava ações do governo Lula, entre elas a prometida isenção de Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil — promessa que ainda não saiu do papel.
Em um encontro do Partido dos Trabalhadores (PT) nesta sexta-feira (5), o ex-ministro José Dirceu voltou aos holofotes e afirmou ter a “intuição” de que o Brasil passará por um “momento revolucionário” nos próximos anos. A declaração veio enquanto ele citava ações do governo Lula, entre elas a prometida isenção de Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil — promessa que ainda não saiu do papel.
Dirceu, condenado no Mensalão, preso e depois solto, segue influente dentro da legenda. Ele é um dos articuladores do programa de campanha de Lula para a reeleição e estuda tentar uma vaga de deputado federal por São Paulo em 2026. Para o petista, o partido deve estar pronto para o que está por vir:
“Tenho a intuição de que o Brasil vai viver um momento revolucionário. A questão é saber se estamos à altura desse momento (…). O desafio é o risco de guerra.”
PT mira 2026 e já prepara terreno
A reunião aconteceu em Brasília e reuniu a cúpula petista para tratar de estratégias eleitorais e programáticas para um eventual quarto mandato de Lula. No manifesto divulgado, o PT responsabilizou o país pelos efeitos da “crise do capitalismo” e defendeu que debates sobre segurança pública ocorram “sem medo”. A redução da jornada de trabalho apareceu como um dos pilares centrais para 2026 — pauta que agrada movimentos sindicais, mas divide o país.
Debates até abril de 2026
Edinho Silva, presidente nacional do PT, informou que o partido promoverá debates internos até abril de 2026 para fechar sua linha eleitoral. Curiosamente, o encontro evitou mencionar a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que desponta como principal nome da direita para enfrentar Lula nas urnas.
Fundação Perseu Abramo terá novo comando
Paulo Okamotto anunciou que deixará a presidência da Fundação Perseu Abramo, braço ideológico do PT e peça-chave na formulação de estratégias eleitorais. O substituto ainda não foi definido.
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