Perseguida pelo regime, líder opositora foge da Venezuela com apoio aéreo dos EUA
Segundo informações divulgadas ao The Wall Street Journal por autoridades dos Estados Unidos, a operação foi totalmente clandestina e incluiu um trajeto arriscado por barco até a ilha de Curaçao, no Caribe.
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, precisou deixar seu próprio país às pressas e em absoluto sigilo na terça-feira, 9 de dezembro de 2025. A fuga ocorreu após anos de perseguição implacável promovida pelo regime de Nicolás Maduro, que colocou a opositora na clandestinidade desde 2024.
Segundo informações divulgadas ao The Wall Street Journal por autoridades dos Estados Unidos, a operação foi totalmente clandestina e incluiu um trajeto arriscado por barco até a ilha de Curaçao, no Caribe. Para garantir sua integridade física, a ação contou inclusive com cobertura aérea de caças F-18 norte-americanos, indicando o alto nível de ameaça contra a líder — agora reconhecida mundialmente como vencedora do Prêmio Nobel da Paz.
“Ausência forçada” na cerimônia
A operação aconteceu horas antes da cerimônia de entrega do Nobel, realizada em Oslo na quarta-feira, 10 de dezembro. Como resultado da urgência e do risco à sua vida, Machado não pôde comparecer ao evento. Em seu lugar, sua filha, Ana Corina Sosa Machado, subiu ao palco e recebeu a honraria “em nome de sua mãe”, emocionando a comunidade internacional.
O episódio expõe novamente a gravidade da situação na Venezuela, onde opositores seguem sendo perseguidos por um regime autoritário, enquanto líderes democráticos ao redor do mundo — incluindo o atual presidente dos EUA, Donald Trump — mantêm atenção redobrada sobre a escalada de tensões no país latino-americano.
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