cover
Tocando Agora:

Conversa sigilosa entre Lula e Moraes levanta suspeitas após retirada de sanções dos EUA

O comportamento das autoridades indicou uma clara tentativa de evitar o registro do diálogo.

Conversa sigilosa entre Lula e Moraes levanta suspeitas após retirada de sanções dos EUA
Conversa sigilosa entre Lula e Moraes levanta suspeitas após retirada de sanções dos EUA (Foto: Reprodução)

Uma cena reservada envolvendo o presidente Lula (PT), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, despertou atenção durante o evento de lançamento do canal SBT News, realizado nesta sexta-feira (12), em São Paulo.

O comportamento das autoridades indicou uma clara tentativa de evitar o registro do diálogo. Alexandre de Moraes cobriu a boca com a mão enquanto falava, e a gravação foi interrompida após a intervenção do fotógrafo oficial da Presidência, Ricardo Stuckert.

Até o momento, o teor da conversa permanece em sigilo.

O encontro ocorreu no mesmo dia em que o governo dos Estados Unidos anunciou a retirada de Alexandre de Moraes, de sua esposa, Viviane Barci de Moraes, e de uma empresa ligada ao casal da lista de sanções da Lei Global Magnitsky.


A medida foi oficializada nesta sexta-feira pela Agência de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac), encerrando as restrições financeiras e de circulação que estavam em vigor desde julho.

Durante seu discurso no evento, o ministro do STF fez um agradecimento público ao presidente Lula, atribuindo à atuação diplomática do governo brasileiro um papel central na reversão das sanções. Segundo Moraes, a postura adotada pelo Planalto foi determinante para a decisão que reverteu medidas impostas durante a gestão do presidente norte-americano Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, pelo Partido Republicano.

“Queria agradecer o empenho, em meu nome e no nome da minha esposa, do presidente Lula. A verdade venceu hoje”, afirmou Moraes.

O ministro também relatou que, no início do episódio, pediu ao presidente da República que o Brasil evitasse qualquer tipo de retaliação internacional.

“Logo em julho e começo de agosto, quando o Supremo se reuniu na presidência para tratar das sanções contra o Poder Judiciário brasileiro, eu pedi ao presidente que não ingressasse com nenhuma ação e não tomasse nenhuma medida contra isso”, disse.


De acordo com Moraes, a decisão de aguardar o esclarecimento dos fatos junto às autoridades norte-americanas acabou se mostrando, em sua avaliação, a estratégia mais adequada.

Comentários (0)