Câmara cancela passaporte de Eduardo Bolsonaro um dia após cassação
Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro afirmou que o cancelamento não é um simples procedimento administrativo, mas parte de uma estratégia para dificultar sua permanência fora do Brasil.
O ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) teve seu passaporte diplomático anulado um dia após a perda de seu mandato parlamentar. A decisão foi adotada pela Câmara dos Deputados na última sexta-feira (19).
Segundo a Casa, a medida segue o regulamento interno, que prevê a invalidação automática do passaporte diplomático em casos de perda de mandato, além da exigência de devolução do documento.
Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro afirmou que o cancelamento não é um simples procedimento administrativo, mas parte de uma estratégia para dificultar sua permanência fora do Brasil.
“No dia seguinte à cassação de meu mandato veio a notícia do cancelamento de meu passaporte. Não se engane, desde sempre a intenção é me bloquear no exterior”, escreveu.
O ex-parlamentar também levantou suspeitas sobre uma possível interferência do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes no caso.
“Assim, é muito provável que de fato Moraes tenha dado uma ordem secreta para impedir que eu faça meu passaporte comum”, concluiu, em publicação no X, antigo Twitter.
Perda de mandato
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados declarou, nesta quinta-feira (18), a perda dos mandatos de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e de Alexandre Ramagem (PL-RJ). A decisão foi tomada de forma administrativa e oficializou a cassação dos dois parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), perdeu o mandato após condenação no STF. Já Eduardo Bolsonaro teve o mandato declarado extinto por exceder o número de faltas permitido pela legislação interna da Câmara.
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