Decisão da Espanha pressiona Moraes e ajuda Jair Bolsonaro, diz Eustáquio
Em um episódio que pode redesenhar o xadrez político internacional envolvendo o Brasil, a negativa da extradição do jornalista Oswaldo Eustáquio pela Justiça da Espanha causou fortes reações tanto no meio jurídico quanto político
17/04/2025 12:50
Decisão da Espanha pressiona Moraes e ajuda Jair Bolsonaro, diz Eustáquio (Foto: Reprodução)
Em um episódio que pode redesenhar o xadrez político internacional envolvendo o Brasil, a negativa da extradição do jornalista Oswaldo Eustáquio pela Justiça da Espanha causou fortes reações tanto no meio jurídico quanto político. A decisão, que representa uma derrota expressiva para o Supremo Tribunal Federal (STF) e, especialmente, para o ministro Alexandre de Moraes, foi comemorada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e já repercute nos Estados Unidos, onde cresce a pressão por sanções ao magistrado brasileiro.
A audiência nacional da Espanha, composta por três juízes, entendeu que as acusações contra Eustáquio possuem “motivação política” e fazem parte de uma perseguição coletiva a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o parecer, o retorno de Eustáquio ao Brasil poderia agravar sua situação penal devido às suas opiniões políticas, o que infringe os princípios da liberdade de expressão e direitos humanos garantidos por tratados internacionais.
A decisão espanhola reacendeu as discussões no Congresso norte-americano sobre a aplicação da Lei Magnitsky, que permite sanções contra autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos. Segundo o jornalista e comunicador Oswaldo Eustáquio, a negativa da extradição fortalece os argumentos de congressistas republicanos nos EUA que desejam punir Moraes com bloqueios de bens e restrições diplomáticas.“A decisão da Espanha foi uma derrota acachapante para Alexandre de Moraes no plano internacional”, afirmou Eustáquio em entrevista ao portal Metrópoles. “Ela fortalece a ofensiva nos Estados Unidos para que o ministro seja responsabilizado por abusos de autoridade. O Departamento de Estado, o Tesouro norte-americano, o Conselho de Segurança Nacional e até o Conselho da Casa Branca estão debatendo medidas reais”, destacou o comunicador.
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