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Defesa diz que Filipe Martins é alvo de perseguição após prisão domiciliar

Em entrevista à BandNews TV, Chiquini afirmou que não há fundamento concreto para a decisão judicial. “Estamos vivendo uma perseguição política. Filipe Martins é vítima dessa perseguição. Não sabemos o motivo da prisão. É uma decisão inédita no Brasil: decreta-se prisão domiciliar sem apontar fato concreto”, declarou.

Defesa diz que Filipe Martins é alvo de perseguição após prisão domiciliar
Defesa diz que Filipe Martins é alvo de perseguição após prisão domiciliar (Foto: Reprodução)

O advogado Jeffrey Chiquini, que atua na defesa de Filipe Martins, afirmou que o ex-assessor do presidente Jair Bolsonaro é alvo de perseguição política após a decretação de prisão domiciliar, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Em entrevista à BandNews TV, Chiquini afirmou que não há fundamento concreto para a decisão judicial.

“Estamos vivendo uma perseguição política. Filipe Martins é vítima dessa perseguição. Não sabemos o motivo da prisão. É uma decisão inédita no Brasil: decreta-se prisão domiciliar sem apontar fato concreto”, declarou.

A Polícia Federal cumpriu o mandado na manhã deste sábado (27), por ordem de Moraes. Segundo a defesa, além da prisão domiciliar, também houve restrição de visitas, mesmo com a decisão ainda não publicada oficialmente, o que, segundo o advogado, mantém aberta a possibilidade de recursos.

Chiquini classificou o caso como estritamente político, afirmando que Filipe Martins foi julgado por um “tribunal político” e condenado exclusivamente com base nas declarações de Mauro Cid.

“Provamos a inocência de Filipe ao longo do processo. Ele foi condenado apenas com base na palavra de Mauro Cid — e isso não é exagero”, afirmou.

O advogado destacou ainda que Martins cumpre rigorosamente todas as medidas cautelares há mais de um ano, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de deixar sua cidade.

“Há cerca de três semanas, o próprio ministro Alexandre de Moraes reconheceu que Filipe Martins cumpre as cautelares de forma exemplar. Então, o que mudou?”, questionou.

Segundo a defesa, a nova medida seria uma punição indireta em razão da tentativa de fuga do ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, preso no Paraguai após romper a tornozeleira eletrônica.

“Hoje, no Brasil, responde-se pela conduta de terceiros. Filipe Martins está sendo punido por algo que não fez”, disse Chiquini.


Filipe Martins foi condenado pela Primeira Turma do STF, em 16 de dezembro, a 21 anos de prisão por crimes como organização criminosa, tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público. Ele integra o chamado núcleo 2 do processo que apura a suposta trama golpista.

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