Moraes desbanca Gilmar e mostra quem “manda” no STF
Segundo Gonçalo, Gilmar não recebeu bem a decisão de Moraes e tentou reverter o cenário com um pedido de destaque — instrumento utilizado para tirar o julgamento do plenário virtual e levá-lo para o plenário físico, onde o debate é presencial e mais sujeito a articulações políticas.

O cenário interno do Supremo Tribunal Federal (STF) foi recentemente sacudido por um episódio que, segundo análise do jornalista Gonçalo Mendes Neto, demonstra quem realmente detém o poder na mais alta Corte do país. Em sua avaliação, o ministro Alexandre de Moraes mostrou força ao determinar a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, desbancando uma tentativa de resistência articulada pelo decano Gilmar Mendes.
Segundo Gonçalo, Gilmar não recebeu bem a decisão de Moraes e tentou reverter o cenário com um pedido de destaque — instrumento utilizado para tirar o julgamento do plenário virtual e levá-lo para o plenário físico, onde o debate é presencial e mais sujeito a articulações políticas.
No entanto, o plano do decano foi rapidamente neutralizado. Como relatado por Gonçalo Mendes Neto, tão logo Gilmar pediu destaque, outros ministros apressaram seus votos, fechando questão ao lado de Alexandre de Moraes.
Alexandre de Moraes e a nova dinâmica do STF
Na visão de Gonçalo, a rápida sequência de votos a favor da decisão de Moraes expôs a nova configuração de forças no STF. Flávio Dino, que o jornalista chama de “ministro comunista” devido ao seu histórico político, foi o primeiro a acompanhar Moraes, reafirmando sua lealdade desde sua entrada na Corte.
Em seguida, Luís Roberto Barroso, atual presidente do STF, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Dias Toffoli também apresentaram seus votos, totalizando seis manifestações favoráveis à manutenção da prisão de Fernando Collor.
Diante do placar de 6 a 0, Gilmar Mendes reconheceu a derrota e recuou, retirando seu pedido de destaque. Para Gonçalo Mendes Neto, o episódio deixa claro: quem comanda o Supremo hoje é Alexandre de Moraes.
O “alexandrismo” reina no Supremo, diz jornalista
Gonçalo Mendes Neto destaca ainda a ascensão de um novo fenômeno dentro do STF: o chamado “alexandrismo”. Segundo ele, trata-se da liderança firme, ágil e muitas vezes impositiva de Moraes nas decisões mais relevantes da Corte.
Para o jornalista, a forma como a votação foi conduzida — mesmo diante da tentativa de resistência de um ministro historicamente poderoso como Gilmar Mendes — revela que Moraes conseguiu consolidar uma maioria sólida e fiel, capaz de derrotar qualquer movimento contrário sem grandes dificuldades.
Prisão de Fernando Collor: impactos políticos
O caso de Fernando Collor de Mello é visto por Gonçalo como emblemático. O ex-presidente da República, que também teve longa trajetória como senador, agora se encontra em uma situação extremamente delicada, com uma ordem de prisão mantida por decisão praticamente unânime do STF.
O episódio reforça a tese do jornalista de que o Supremo vive hoje uma era de decisões mais duras e rápidas, sob a liderança de Alexandre de Moraes, com forte apoio de ministros alinhados, como Flávio Dino.
Críticas à concentração de poder
Embora reconheça a firmeza de Moraes, Gonçalo Mendes Neto alerta para um risco: o excesso de concentração de poder no STF. Segundo sua opinião, a falta de debate mais amplo em plenário físico e a rapidez com que decisões são tomadas podem comprometer a colegialidade e a diversidade de opiniões, características que deveriam nortear o Supremo.
Além disso, Gonçalo lembra que a estratégia de pedidos de destaque sempre foi um instrumento legítimo para estimular o debate jurídico mais aprofundado. O fato de tal instrumento ser hoje ignorado ou esvaziado demonstra que a Corte vive uma transformação que precisa ser analisada com atenção.
Conclusão: STF sob novo comando
Em resumo, na análise de Gonçalo Mendes Neto, o Supremo Tribunal Federal passa por uma transformação de liderança e de estilo de atuação. Alexandre de Moraes, fortalecido por alianças estratégicas como a de Flávio Dino, comanda as principais decisões e mostra que, no atual momento, seu poder é incontestável dentro da Corte.
A derrota de Gilmar Mendes no episódio da prisão de Fernando Collor de Mello não foi apenas um revés pontual — foi, segundo o jornalista, a prova cabal de que o “alexandrismo” reina no STF.
Créditos: Jornal da Cidade Online
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