Justiça Eleitoral de SP condena Marçal à inelegibilidade de novo
O atual caso, movido pelo PSB, envolve o canal de Marçal na rede social Discord durante a eleição. Na plataforma de mensagens, Marçal é acusado de ter organizado campeonatos com prêmio em dinheiro para usuários que gerassem o maior número de visualizações de conteúdo em seu favor, oferecendo ao menos R$ 125 mil. Em nota, o empresário afirmou que a “decisão é temporária”.

O empresário Pablo Marçal recebeu sua segunda condenação na Justiça Eleitoral de São Paulo. A decisão, que o declara inelegível por oito anos e aplica a ele uma multa de R$ 420 mil, afirma que Marçal teria cometido abuso de poder econômico, captação ilícita de recurso e uso indevido de meio de comunicação social durante a campanha à Prefeitura de São Paulo em 2024. Cabe recurso.
O atual caso, movido pelo PSB, envolve o canal de Marçal na rede social Discord durante a eleição. Na plataforma de mensagens, Marçal é acusado de ter organizado campeonatos com prêmio em dinheiro para usuários que gerassem o maior número de visualizações de conteúdo em seu favor, oferecendo ao menos R$ 125 mil. Em nota, o empresário afirmou que a “decisão é temporária”.
– Cumprimos todos os requisitos legais durante a campanha. Confio na Justiça e estou certo de que vamos reverter – disse Marçal.
Em nota, sua defesa diz que “o conteúdo probatório e os fatos indicados na decisão não são suficientes para a procedência da AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral)”, e acrescenta que entrará com recurso. O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, responsável pela decisão, disse que o empresário “buscou garantir um alavancamento da sua presença nas redes”.
– [Marçal buscou alavancar suas redes] por meio de mecanismos ilícitos correspondentes ao concurso de “cortes” de seus vídeos para fins de estimular impulsionamento de propaganda eleitoral de terceiros com a promessa de pagamento de prêmio aos vencedores ficando, desta forma, caracterizado o abuso de poder econômico – escreveu o magistrado.
A primeira condenação de Marçal ocorreu em fevereiro deste ano, em ação movida pelo PSB e pelo PSOL, após Marçal divulgar um vídeo em que diz que venderia seu apoio a candidatos a vereador de “perfil de direita” em troca de doação de R$ 5 mil para sua campanha. A decisão também o declarou inelegível por oito anos.
*AE
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