Com a saída de Cida Gonçalves, Lula chega à 12ª mudança em sua equipe ministerial
A informação foi divulgada por meio de uma nota oficial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. O comunicado informa que a exoneração de Cida Gonçalves e a nomeação de Márcia Lopes serão formalizadas em uma edição extra do Diário Oficial da União ainda nesta segunda-feira.

Nesta segunda-feira (5), o presidente Lula (PT) confirmou a saída de Cida Gonçalves do Ministério das Mulheres e anunciou Márcia Lopes como sua substituta. Com essa mudança, Lula totaliza 12 alterações em sua equipe ministerial desde o início de seu mandato, em 1º de janeiro de 2023.
A informação foi divulgada por meio de uma nota oficial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. O comunicado informa que a exoneração de Cida Gonçalves e a nomeação de Márcia Lopes serão formalizadas em uma edição extra do Diário Oficial da União ainda nesta segunda-feira.
– O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou e deu posse, na manhã desta segunda-feira, 5 de maio, à assistente social e professora Márcia Lopes para o cargo de ministra das Mulheres, até então ocupado por Cida Gonçalves. A exoneração de Cida Gonçalves e a nomeação de Márcia Lopes serão publicadas ainda hoje, em edição extra do Diário Oficial da União – afirma o comunicado.
A saída de Cida Gonçalves do Ministério das Mulheres era prevista desde o início do ano, dentro da reforma ministerial que o presidente Lula pretendia realizar. Ela enfrentava acusações de assédio moral, conforme noticiado pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Em fevereiro deste ano, a Comissão de Ética Pública da Presidência rejeitou um processo contra Cida por uma denúncia de assédio moral, mas a ex-ministra negou as acusações.
Cida Gonçalves teve uma reunião com Lula na sexta-feira (2), mas, na ocasião, não houve anúncio de sua saída do cargo.
A reforma ministerial esperada no início do ano tem ocorrido de forma gradual. Esta é a terceira troca no governo Lula motivada por questões de “desempenho”, ou seja, sem uma acusação formal para justificar o afastamento do ministro.
A primeira mudança foi na Secretaria de Comunicação Social, com a demissão de Paulo Pimenta e a nomeação de Sidônio Palmeira. Em março, Lula exonerou Nísia Trindade do Ministério da Saúde, substituindo-a por Alexandre Padilha, que até então comandava a Secretaria de Relações Institucionais. Além disso, a deputada Gleisi Hoffmann foi indicada para o ministério responsável pela articulação política.
Outras duas mudanças ocorreram neste ano com as demissões de Carlos Lupi, da Previdência Social, e Juscelino Filho, das Comunicações. Contudo, essas saídas não foram relacionadas a uma avaliação negativa do governo, mas a acusações e escândalos envolvendo os dois ministros.
Carlos Lupi pediu demissão devido à investigação de fraudes no pagamento de benefícios do INSS. Embora não tenha seu nome citado nas apurações conduzidas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, ele enfrentou grande desgaste, especialmente após ser revelado que ele soubera das fraudes em 2023 e que só tomou providências quase um ano depois.
Juscelino Filho, por sua vez, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A defesa do ex-ministro sustenta sua inocência. Ele é acusado de desviar emendas parlamentares destinadas ao município de Vitorino Freire (MA), administrado por sua irmã, Luanna Rezende. Segundo a denúncia da PGR, ele teria recebido propinas em troca da destinação dos recursos e do direcionamento de contratos a empresas específicas.
Até o momento, porém, Lula não promoveu mudanças que afetem a participação dos partidos do Centrão no governo. Essa era uma das principais expectativas em torno da reforma ministerial, pois um dos objetivos era reorganizar a Esplanada e garantir maior governabilidade ao presidente na reta final de seu mandato.
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