Gilvan da Federal Tem Mandato Suspenso por Ofensas a Gleisi Hoffmann: Decisão Abala Câmara
A suspensão foi uma resposta às acusações de quebra de decoro, depois que o parlamentar fez ofensas indiretas à ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, chamando-a de "prostituta".
Nesta terça-feira, 6, o deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) teve seu mandato suspenso por três meses, após decisão do Conselho de Ética da Câmara. A suspensão foi uma resposta às acusações de quebra de decoro, depois que o parlamentar fez ofensas indiretas à ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, chamando-a de "prostituta".
Durante a sessão, o deputado tentou se justificar, afirmando que suas palavras não foram direcionadas à ministra. "Hoje, para o PT, a Polícia Federal é a melhor do mundo. Mas, quando o descondenado do Lula foi preso, a Polícia Federal era a pior de todas. Repeti que uma das pessoas que mais criticaram a corporação era a senadora Gleisi Hoffmann. Foi o único momento em que toquei no nome da atual ministra", explicou.
Em outro momento, Gilvan mencionou uma possível planilha de pagamentos de propina envolvendo políticos e a Odebrecht, que teria sido discutida em uma sessão com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. “É verdade? Não sei. Mas toda a imprensa disse que há essa tal lista”, disse ele.
O deputado ainda comentou sobre apelidos presentes na suposta planilha, garantindo: “Em nenhum momento eu qualifico quem é montanha, quem é lindinho e quem é amante. Em nenhum momento eu ofendo a hoje deputada licenciada Gleisi Hoffmann”.
No final de seu pronunciamento, Gilvan informou que não recorrerá da decisão no plenário da Câmara. Na noite de segunda-feira, 5, o deputado Ricardo Maia (MDB-BA), relator do caso, havia enviado ao conselho um parecer favorável à suspensão do mandato do colega.
O relator argumentou que as atitudes de Gilvan da Federal, tanto em relação à ministra quanto ao deputado Lindbergh, ao ser chamado de "desqualificado", extrapolaram os limites da "liberdade de expressão", configurando ataques pessoais e desqualificação moral, com o uso de termos ofensivos e desrespeitosos.
Por fim, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e outros quatro membros da direção assinaram um documento que, além da suspensão, solicita a abertura de um processo disciplinar no Conselho de Ética.
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